I – Revisão
Estudamos que os hábitos mentais diários determinam os reflexos condicionados de nossos pensamentos.
Vimos que o nosso padrão vibratório é determinado pelos pensamentos que alimentamos.
Entendemos que todo pensamento emite vibrações, que são lançadas na atmosfera e revelam a natureza íntima de cada um de nós.
Aprendemos que os espíritos inferiores se aproximam daqueles que possuem afinidade vibracional.
Estudamos que os obsessores de outras vidas, entram em sintonia conosco quando abaixamos nosso padrão vibratório.
Entendemos que existe uma grande quantidade de espíritos que ficam vampirizando as emissões emitidas quando do consumo de vícios (cigarro, drogas, álcool).
Por meio da vampirização, aumenta-se a sintonia vibracional e a vítima passa a ser influenciada diretamente pelo espírito.
Por fim, aprendemos que a própria vítima se compraz com a permuta de vibrações quando no estado de vampirização, já que busca o estímulo para o vício mental que procura.
II – A História de Neves
A história começa com André Luiz em “Nosso Lar” conversando com um amigo, Neves, perguntando porque ele estava triste.
Neves explicou que habita “Nosso Lar” há 40 anos e que quando desencarnou deixou a esposa com 3 filhos, mas tranquila materialmente.
Contou que a esposa envolveu-se com outro homem, entregando-lhe o controle total do patrimônio.
O novo marido, afastou-a do estudo espiritual e a envolveu nos prazeres da vida, até mesmo nos desvarios do sexo; via o marido trair e passou a traí-lo.
Seus dois filhos homens, Jorge e Ernesto, envolvidos pelo fascínio do ouro, animalizaram-se e, atualmente, são negociantes abastados.
A esposa desencarnou e, apesar de todos os socorros possíveis, acabou escravizada por entidades infelizes.
Neves (p. 18): “(…), em vão procurei estender-lhe algum consolo, porquanto ela mesmo, depois de desencarnada, se compraz na viciação, tentando a funga impossível de si própria. Não há outro recurso senão esperar, esperar…”
A única que continua em ligação mental com ele é a sua filha, Beatriz.
Atualmente, a filha, já com 50 anos, casada e com dois filhos, se prepara para voltar, tendo desenvolvido câncer.
Explicou que, buscando socorrer a filha, é obrigado a conviver com os erros grosseiros dos encarnados, o que o aflige.
André Luiz se comprometeu a ajudá-lo na prestação de socorro à filha Beatriz.
III – As Dificuldades de Beatriz
Foram até Beatriz, prestar-lhe assistência.
Beatriz, apesar de preocupada com os que iam ficar, via o desencarne com tranquilidade, lembrando-se do pai, Neves.
Uma jovem de 20 anos, chamada Marina, entrou no quarto e aplicou injeção de analgésico em Beatriz. Depois passou a fumar, o que irritou Neves.
André Luiz, ao investigar Marina, descobriu que estava ali por obrigação, sua mente permanecia na festa da noite anterior.
André Luiz percebeu que Marina pensava muito num homem já em idade madura, com o qual tinha um romance.
Depois ela passou a pensar num jovem, um namorado.
André Luiz (p. 26): “Naqueles rápidos minutos de fixação espiritual, em que se exteriorizava tal qual era. Marina revelava a personalidade dúplice da mulher dividida entre o carinho de dois homens, jugulada por pensamentos de medo e inquietude, ansiedade e arrependimento”.
Neves explicou que o genro é um homem desequilibrado.
Certo dia, foi atrás do genro para prestar auxílio para Beatriz, e o encontrou numa casa noturna com Mariana, local dominados por espíritos vampirizadores e viciados.
Logo o genro chegou no quatro de Beatriz, chamava-se Nemésio.
Nemésio mostrou-se carinhoso com Beatriz, o que a reanimou.
André Luiz: “O pensamento de Nemésio revelara-se-nos, até ali, claro e puro. Trazia Dona Beatriz no cérebro, nos olhos, nos ouvidos, no coração. Dispensava-lhe a compreensão de um amigo, a ternura de um pai”. (p. 36)
Porém, depois, de modo escondido, Nemésio começou a acariciar as mãos de Marina, alterando-se os pensamentos.
Neves olhou para André Luiz e falou: “Este homem é um enigma”.
Nemésio e Marina foram para outro cômodo, fugindo da presença de Beatriz.
André Luiz fez menção de sair, mas Nemésio pediu para que ficasse, não pela indiscrição, mas para entender melhor a situação.
Nemésio explicava para Marina que “deveriam ser bons para Beatriz, às portas do fim, e agradecer ao destino que os livrava dos aborrecimentos e percalços de um desquite, mesmo amigável” (p. 38).
Afirmou que não acreditava em vida após a morte, mas que não queria que Beatriz morresse triste com ele.
Marina permanecia com o pensamento dividido, entre Nemésio e outro homem.
Nemésio faz promessas, logo que a esposa morresse, iria abandonar os negócios e casar com ela, indo morar em casa confortável em São Conrado.
André Luiz relatou que, assistindo aquela cena e pré-julgando o caráter de ambos, acabava por alimentar, por meio de vibrações mentais, o apetite sensual do casal.
Marina passou a chorar, pensamento no moço que André Luiz já havia percebido em seus pensamentos.
Agora que a relação com o genro de Neves iria se aprofundar, passou a ter medo do futuro. Percebeu que amava profundamente o rapaz franzino que não fugia de sua mente.
Marina dissimulou a demonstração de tristeza, apelando para problemas domésticos.
Visando reconforta-la, Nemésio deu-lhe considerável valor em dinheiro.
André Luiz observou que Neves estava se desequilibrando, mas, antes que tomasse qualquer atitude mais agressiva, espírito elevado entrou na casa.
A simples presença deste amigo espiritual, banhou o local de boas vibrações, acalmando até mesmo André Luiz, que sentiu enorme simpatia, sem entender o motivo.
Neves apresentou o irmão iluminado, chamava-se Félix.
Nemésio e Marina também mudaram a atitude de suas mentes, confirmando a André Luiz que ele e Neves, assistindo a cena do casal, acabou por influenciar com suas vibrações mentais de pré-julgamentos maldosos.
Influenciados pelas vibrações elevadas de Félix, lembraram-se da enferma e a imagem de Beatriz doente vergastou as mentes dos dois, que ficaram pálidos.
André Luiz percebeu que não poderia ficar julgando Nemésio e sim entende-lo como irmão que precisava de orientação.
Marina voltou ao quarto de Beatriz pra os cuidados necessários e Nemésio se acomodou na poltrona da sala.
Félix informou que Nemésio também estava doente, mas não sabia.
Aplicaram muitos passes magnéticos em Nemésio e foi explicado que ele possui graves problemas circulatórios.
A idade não suporta mais as noitadas que tem com Marina.
Ao determinar o atendimento a Nemésio, Neves perguntou porque ajudar aquele senhor.
Félix: “Devemos aceitar Nemésio na posição em que se encontra. Como exigir da criança experiência da madureza ou pedir raciocínio certo ao alienado mental? Sabemos que crescimento do corpo não expressa altura de espírito. Nemésio é aluno da vida, qual nós mesmos, sem o benefício da lição em que estamos sendo instruídos. Que seria de nós, na situação dele, sem a visão que atualmente nos favorece? Provavelmente, cairíamos em condições piores…”
Neves: Quer dizer que devo aprova-lo?
Felix: Ninguém aplaude a enfermidade, nem louva o desequilíbrio; no entendo, seria crueldade recusar simpatia e medicação ao doente.
Felix explica que Nemésio cedeu a diversos erros de conduta, mas possui seus méritos, como dedicar-se à esposa doente, oferecer abrigo para a senhora que presta serviços doméstico e, mesmo quanto a amante, a vê com respeito e pretende casar com ela.
Depois de novos passes em Beatriz foram para a casa de Marina.
III – Vampirização
Logo na entrada encontraram dois homens desencarnados debatendo sobre o tema de vampirismo.
Eles não conseguiram registrar a presença de André Luiz.
André Luiz lamentou que a residência não possuía nenhuma proteção espiritual.
Ao entrar na casa, viram um homem encarnado, um “cavalheiro de traços finos”, que concluíram ser o chefe da casa. O nome deste homem era Cláudio.
Os desencarnados entraram na sala e abordaram Cláudio, começaram a gritar, próximo dele, que ele deveria beber.
Cláudio desviou-se do artigo que estava lendo e decidiu tomar uísque.
André Luiz (p. 63): “O amigo sagaz percebeu-lhe a adesão tácita e colou-se a ele. De começo, a carícia leve; depois da carícia agasalhada, o abraço envolvente; e depois do abraço de profundidade, a associação recíproca”.
André Luiz narra que os dois se fundiram, Cláudio e o desencarnado.
Os movimentos eram sincronizados e perfeitos.
Após tomar o primeiro gole, o outro vampiro, exigiu a sua cota e Cláudio voltou a beber.
André Luiz (p. 65): “Encarnado e desencarnado a se justaporem. Duas peças conscientes, reunidas em sistema irrepreensível de compensação mútua”.
André Luiz observa que a aceitação de Cláudio era livre, por deliberação própria.
André Luiz (p. 66): “Efetuava-se a ocorrência na base da percussão. Apelo e resposta. Cordas afinadas no mesmo tom. O desencarnado alvitrava, o encarnado aplaudia. Num deles, o pedido; no outro, a concessão”.
Félix esclarece que possuímos livre arbítrio para aceitar ou recusar a sugestão recebida, como se alguém nos convidasse para cometer um assalto ou homicídio.
Neves perguntou porque na casa de Beatriz, o irmão Félix se preocupou em conservar o local protegido de influências inferiores e ali não.
Felix esclareceu que Beatriz mantinha o hábito da oração. “Imunizava-se espiritualmente por si. Repelia, sem esforço, quaisquer formas pensamentos de sentido aviltante que lhe fosse arremessadas. Além disso, estava enferma, em vésperas da desencarnação. Deixá-la à mercê de criaturas insanas seria crueldade. Garantias concedidas a ela erguiam-se justas” (p. 67).
Neves perguntou se Cláudio não merecia socorro para se livrar daquelas influências.
Félix esclareceu que Cláudio possuí perfeita saúde física e mental, permanecendo no tipo de vida que procura.
André Luiz ressaltou que Cláudio, liberto da influência, seria mais digno.
Félix concordou, mas explicou “Cláudio certamente não lhes empresta o conceito de vagabundos. Para eles, são sócios estimáveis, amigos caros”.
Além disso, Felix explica que não investigaram a razão da ligação dos três, que pode ser profunda, talvez cármica, não possuindo legitimidade para violência para com os dois.
E, depois, afirmou que quem não garante que amanhã Cláudio não será o educador dos dois irmãos desencarnados.
IV – A História de Marita
Entraram em outro cômodo da casa e encontraram Marita, jovem adotada pelos donos da casa há mais de 20 anos.
Era uma moça muito bonita, mas com o semblante de sofrimento.
André Luiz passou a instigar a mente da jovem, para examinar sua vida.
Marita relembrou que era filha de uma jovem suicida e que fora adotada pelos Nogueiras.
A mãe de Marita era empregada da família, que morava junto e tornara-se amiga da patroa, a Dona Márcia
Considerava a Dona Márcia sua mãe, Marina sua irmã. Foram criadas juntas e iguais.
Félix informou que precisava ir embora, mas que confiava em André e Neves para proteger Marita.
Esclareceu que possuía razões para velar pela felicidade daquela casa, mas que infelizmente, todos fugiam às práticas edificantes, como atividade religiosa ou beneficente.
Afirmou que por conta disso, não era possível estabelecer amigos espirituais para proteger a família de forma permanente, se valendo de visitas de quando em quando e de amigos itinerantes, como eles.
Marita via Cláudio como pai legítimo.
E de repente ficou triste, lembrando-se de que foi revelada a verdade de filha adotada quando terminou o curso no colégio, há cerca de nove anos.
Por mais que Márcia explicasse que a tinha como filha, a tristeza era enorme.
Na mente de Marita, Dona Márcia não contou a verdade com a preocupação de amor materno. Percebeu que Dona Márcia demonstrava carinho, mas cortara os afagos, estabelecendo uma severa fronteira entre elas.
Não era mais filha, era órfã.
Após este dia, nunca mais fora feliz.
O único alento era o amor do pai adotivo, que mais procurava ficar próximo dela.
Sempre que Marina chegava no ambiente, Dona Márcia tornava-se fria com Marita.
Era comum mãe e filha debocharem de Marita, a fim de humilhá-la.
Marina, antes irmã amorosa, descoberta a adoção, passou a trata-la com frieza e sempre a mãe tomava partido da filha legítima.
A família da mãe biológica estava espalhada em locais incertos pelo país. Sabia que estava só.
De repente, a imagem de um jovem surgiu-lhe na mente, alterando todo seu mundo íntimo, demonstrando enorme carinho e amor por ele.
André Luiz lembrou-se do jovem, é o mesmo que Marina estava pensando outro dia na casa de Beatriz.
Neves esclareceu que este jovem era Gilberto, seu neto, filho de Beatriz.
André Luiz lamentou pela situação do pai e filho disputarem apenas uma mulher e duas irmãs disputarem único homem.
Marita confiava em Gilberto e sonhava casar com ele.
Gilberto prometera casamento e programavam a vida juntos.
Mas, novamente Marina; certo dia surpreendeu ela e Gilberto em conversas íntimas.
Ao lembrar-se do fato, começou a chorar novamente.
Neves disse estar surpreendido, uma mulher entre pai e filho e um rapaz entre duas irmãs…
Marita não parava de chorar e Cláudio veio para o quarto. Porém, veio junto um dos espíritos desencarnados.
Ainda sobre o vampirismo no momento do consumo do álcool, André Luiz afirmou: “E afirmamos, ‘possessão partilhada’, porque, efetivamente, ali, um aspirava ardentemente aos objetivos desonestos do outro, completando-se, euforicamente, na divisão da responsabilidade em quotas iguais” (p. 100).
Ao chegar no quarto, André Luiz observava que eram duas personalidades masculinas numa só representação, olhando para Marita como se ela fosse uma presa, a casa naquela momento estava vazia…
O que acontecerá? Semana que vem continuaremos esta interessante história sobre sexo, destino e vampirização.
V – Exercícios Mentais e Práticas
Estes exercícios mentais e práticas edificantes visam despertar nossa atenção para a necessidade de alterar nossos hábitos, ajudando em uma efetiva reforma íntima.
Até agora, os exercícios mentais e as práticas edificantes que sugerimos para todos fazermos durante a semana são:
1 – Afastar todo e qualquer pensamento não edificante durante o dia a dia;
1.1 – Evitar “perder a razão” (estado de cólera, raiva);
1.2 – Indignar-se com serenidade e razoabilidade;
1.3 – Exercitar a indulgência (capacidade de compreender e não divulgar defeitos alheios);
1.4 – Não se queixar da vida, evitar reclamações diárias e negativismos/evitar pessimismo;
1.5 – Não criticar o próximo, não julgar;
1.6 – Não se ofender (compreender o outro);
2 – Sempre que passar por alguém emitir bons pensamentos (principalmente para pessoas claramente necessitadas);
2.1 – Fazer pequenas gentilezas a quem está próximo;
2.2 – Participar de algum programa de caridade;
2.3 – Cultivar o otimismo sempre;
2.4 – Cultivar a tolerância com as diferenças e erros alheios;
3 – Meditar cinco minutos por dia, ao menos três vezes na semana, preferencialmente antes de orar e preferentemente antes de dormir;
4 – Leitura diária de mensagens curtas e edificantes, de preferência quando acordar e antes de dormir, de preferência antes de meditar/orar;
5 – Cultivar o Evangelho no Lar uma vez na semana;
6 – Perseverar;
7 – Estabelecer um hábito angular (hábito novo em sua vida, como deixar de ingerir alcoólicos, iniciar prática de exercícios, largar o cigarro, etc) e exercitar ao máximo o autocontrole dos atos cotidianos;
8 – Ser discreto (adotar a discrição sobre nossas vidas particulares);
9 – Analisar criticamente os estímulos recebidos, seja de nosso inconsciente, seja de espíritos encarnados e desencarnados.
10 – Zelar pela saúde do corpo físico.
11 – Orar diariamente.
Mensagem de Encerramento:
1 Comentário
Após assistir tua palestra proferida hoje no Centro Francisco de Assis, em Saõ Jose do Rio Preto/SP, acessei este site o qual foi citado no final da palestra e li todo este conteúdo como um estudo. Obrigada
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