Não os criaria Deus, à parte.
Os gênios perversos das interpretações religiosas somos nós mesmos, quando adotamos conscientemente a crueldade por trilha de ação.
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Observa as lágrimas dos órfãos e das viúvas, ao desamparo.
Há que as faça correr.
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Repara os apetrechos de guerra, estruturados para assaltar populações indefesas.
Há que os organize.
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Anota as rebeliões que se transfiguram em crimes.
Há que as prepare.
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Pensa nos delitos que levantam as penitenciarias de sofrimento.
Há que os promova.
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Medita nas indústrias do aborto.
Há que as garanta.
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Pondera quanto aos movimentos endinheirados do lenocínio.
Há que os resguarde.
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Reflete nos mercados de entorpecentes.
Há que os explore.
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Enunciando, porém, semelhantes verdades, não acusamos senão a nós mesmos.
A condição moral da Terra é o nosso reflexo coletivo.
Todos temos acertos e desacertos.
Todos possuímos sombra e luz.
Consciências encarnadas em desvario fazem os desvarios da esfera humana.
Consciências desencarnadas em desequilíbrio geram os desequilíbrios da esfera espiritual.
É por isso que o Evangelho assevera: “Ninguém entrará no reino de Deus sem nascer de novo”.
E o Espiritismo acentua: “Nascer, viver, morrer, renascer de novo e progredir continuamente, tal é a lei”.
Em suma, isso quer dizer que ninguém conseguirá desertar da luta evolutiva.
Continuemos, pois, vigilantes no serviço do próprio burilamento, na certeza de que o amor puro liquidará os infernos, quando nós, que temos sido inteligências transviadas nos domínios da ignorância, estivermos sublimados pela força da educação.
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Emmanuel pelo médium Chico Xavier.
Livro: Justiça Divina.
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