No capítulo dos sofrimentos voluntários, se somássemos os problemas, conflitos, obstáculos e tribulações decorrentes da prevenção que alimentamos habitualmente contra aquilo que os nossos irmãos estejam pensando ou poderiam pensar, decerto que chegaríamos a conclusões espantosas acerca de aflição desnecessária e tempo perdido
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Oponhamos o bem ao mal e deixemos aos outros a faculdade de serem eles mesmos.
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Esse amigo ter-nos-á omitido o nome para determinada manifestação de alegria…
Outro companheiro nos haverá negado a saudação que lhe endereçamos com frase amistosa…
Pessoa querida passou indiferentemente por nós com o semblante carregado de preocupação ou azedume…
Certo colega terá erguido demasiadamente a voz, ferindo-os a sensibilidade, por bagatelas…
E caímos nos excessos de imaginação, fantasiando ofensas que não existem.
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Aprendamos a considerar quem tanto quanto nos acontece, os outros também podem sofrer lapsos da memória, contrariedades imanifestas, inquietações e doenças.
E lembremo-nos: toda vez que descambamos para semelhantes desequilíbrios, somos igualmente capazes de esquecer ou ferir, sem participação de nossa vontade.
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Evitemos a prevenção no cotidiano, a fim de que a nossa vida encontre o máximo de rendimento no bem.
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Confiança em Deus.
Consciência tranqüila.
Dever cumprido.
Trabalho à frente.
E, fazendo todo o bem que se nos faça possível, por todos os modos justos, em todas as ocasiões, com todos os recursos ao nosso alcance e para com todas as criaturas, nunca nos previnamos contra quem quer que seja, porque os pensamentos dos outros pertencem a eles e não a nós.
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