Seção: Palestras

Livro: “Ação e Reação” – Parte III – Vários Casos de Resgate

I – Revisão

Estudamos que a mente tudo registra, isto é, mesmo que não nos lembremos, TODOS os fatos de nossas vidas ficam registrados em nossa mente.

A mente, em vibração, dá origem ao corpo mental, envoltório mais sutil do espírito/consciência/pessoa.

A mente vibrará conforme o nível de sublimação de cada espírito.

O corpo mental, ou campo mental, utilizando-se do fluído cósmico universal respectivo à dimensão em que estamos inseridos, forma o chamado “corpo espiritual” (perispírito na linguagem kardequiana).

O corpo espiritual (perispírito) está impregnado de todas as consequências agradáveis e desagradáveis da nossa conduta, registradas pela mente.

Ao reencarnamos nesta dimensão vibratória, composta de matéria em estado mais denso, formamos nosso corpo físico sob o comando da mente, atuando através do corpo mental e com reflexo no corpo espiritual, o qual serve de molde para a formação do veículo físico, refletidos, também, os impositivos da hereditariedade.

A reencarnação ocorrerá conforme as necessidades do espírito, que poderá resultar na programação de vida realizada pela própria pessoa, auxiliado ou através de algum ente querido, de missionários do Bem, ou, ainda, pela incidência automática das leis divinas que regem naturalmente as relações interpessoais ao longo de nossas vidas.

Vimos que André Luiz e Hilário estão estagiando numa instituição localizada nas regiões densas da dimensão “mundo espiritual”.

Nesta instituição, receberam diversas lições sobre a lei de ação e reação, conhecida também como lei do carma.

Verificamos que resgatados os débitos da vida passada, em regra, buscaremos resgatar débitos de outras vidas do pretérito, até que atinjamos o nível de sublimação da mente suficiente para ascender às dimensões mais sutis do “mundo espiritual”.

Semana passada analisamos a fase que alguns estão atingindo de estabilidade cármica, ou seja, passar a vida física atual sem cometer erros graves e ainda resgatando débitos de outras vidas e diminuindo vícios externos da mente.

Entendemos, também, que existem organizações e escolas destinadas a ensinar técnicas de obsessão para os espíritos vingativos.

Nestas escolas é ensinado que todos nós temos reflexos condicionados cristalizados na mente, ou seja, todos possuímos pensamentos dominantes em nosso íntimo. Da mesma forma que no espírito evoluído este pensamento é de luz, na pessoa violenta é de agressão, no avarento de avareza, no viciado em sexo de pornografia e assim sucessivamente.

Diagnosticada a diretriz maior de nossos pensamentos, de cunho inferior, espíritos maléficos passam a estimular, sugerir persistentemente e superalimentar o nosso desvario mental, inclusive com a aproximação de espíritos doentes que alimentem os mesmos anseios, ou seja, comungam com este tipo de pensamento, alocando-os em nossa esfera mental para que recebamos diuturnamente tais estímulos inferiores.

Terminamos os estudos com a história de vida de Silas e Druso. Hoje veremos vários casos de resgaste, para fixarmos bem como funciona a lei de ação e reação.

II – Dívida Agravada

Estavam nossos personagens na instituição prestando socorro para algumas pessoas enfermas, quando uma senhora apareceu pedindo socorro para a filha encarnada, que estava prestes a se suicidar.

A filha chamava-se Marina e tinha a reencarnação coordenada pela Mansão.

Ao chegarem na casa de Marina, diversas entidades infelizes foram afastadas pela ação salutar dos espíritos superiores.

Marina estava beijando a filha de 2 anos de idade, como a se despedir. Havia preparado veneno para cometer suicídio.

No momento em que a jovem iria ingerir o veneno, Silas afirmou “como podes pensar na sombra da morte, sem a luz da oração?”. Esta frase foi registrada na mente da jovem e esta ficou indecisa.

Sob forte influência de Silas, Marina deixou o copo e começou a orar.

Após a prece, novamente sob forte influência de Silas, bateu involuntariamente a mão no copo, derramando o veneno fatal.

Tomada de pensamentos de remorso e temor, passou a orar, aumentando a passividade, da qual Silas se aproveitou para induzi-la ao sono profundo.

Silas explicou a reencarnação de Marina até então:

– Em outra vida violou o casamento de Jorge e Zilda, impondo grande leviandade aos dois.

– Após muito sofrimento nas regiões densas do mundo espiritual, por meio da intercessão, reencarnou para acerto com os dois.

– Marina, a primeira filha, recebeu a irmã menor e a envolveu em carinho fraternal, Zilda.

– Já moças, Zilda reencontra Jorge e rapidamente se envolvem.

– Marina, esquecendo-se das promessas de aceitar amar o homem que iria casar com sua irmã sem se envolver, resgatando o débito do passado, passou a tramar projetos para seduzir Jorge.

– Com o tempo, Marina passou a envolver o já noivo da irmã em teias de sedução.

– Com seus projetos, envolveu-se com entidades inferiores que ajudaram na trama de sedução de Jorge.

– Jorge, vampirizado por entidades e nas teias de Marina, passou a nutrir grande simpatia por esta.

– Passado alguns meses, Jorge cedeu e começaram a se encontrar ocultamente.

– Faltando duas semanas para o casamento Jorge confessa a traição para Zilda e afirma estar apaixonado por Marina.

– Na mesma noite, Zilda ingere veneno e se mata.

– Zilda, desencarnada, em razão dos méritos e intercessão da mãe, foi recolhida na Mansão, tendo, também a seu favor, os atenuantes do quadro de alienação mental em que foi envolvida.

– Marina falhara na prova da renúncia em favor da irmã e, como conseqüência, havia agravado seu débito.

– Zilda foi encaminhada, agora como filha de Marina e Jorge, para resgatar seus débitos do suicídio e reconciliar-se com Marina, que deveria suportar a tristeza da filha doente (surda-muda e com problemas mentais).

– Jorge desenvolveu lepra e encontrava-se em instituição de socorro.

– Diante da situação da vida, causada pelo agravamento das próprias condutas, Marina deseja o suicídio.

Marina, desdobrada, encontrou a mãe e se emocionou.

A mãe iniciou conversa, incentivando a filha a aguentar as provas necessárias para o necessário reajustamento.

Marina voltou para corpo físico e foi considerada refeita para suportar as provas que surgiam.

 

III – Dívida Estacionária

Em outro socorro, foram nossos valorosos estudantes, para a residência de Poliana, numa propriedade rural pobre e triste.

Na casa havia uma mulher vestindo trapos, e um anão paralítico. A mulher estava tomada por uma expressão de desânimo.

Silas esclareceu que são mãe e filho, ambos tutelados pela Mansão.

Verificaram que o coração de Poliana necessitava urgente auxilio.

O socorro era necessário também porque o filho dependia da mãe. A prova suportada era em conjunto.

Silas induziu que Poliana ficasse com sede e fluidificou a água para tornar-se medicamento, sendo por ela ingerida.

Poliana adormeceu e, desdobrada, foi levada para descansar na floresta.

Nas florestas, mares, rios, cachoeiras, há grande concentração de fluído cósmico universal (matéria cósmica primitiva), modificado, que é utilizado para energizar o doente.

Silas fez linda prece.

Em resposta à prece, chegaram cinco irmãos de outras regiões para ajudar a prestar o socorro.

Diversos recursos da natureza foram ministrados em favor de Poliana que rapidamente sentiu-se melhor.

Silas explicou que as melhoras recebidas pelo corpo espiritual da assistida será naturalmente absorvida pelo corpo físico.

Afagando a cabeça de Poliana, Silas falou que no dia seguinte a espiritualidade iria encaminhar algum bom samaritano para socorrê-la nas dificuldades materiais e de auxílio ao filho.

Passaram a analisar Sabino, o anão, que possuía o corpo todo disforme.

André Luiz passou a investigar os quadros mentais de Sabino e viu que ele se mantinha distante da realidade, alimentando pensamentos estranhos.

Nos pensamentos de Sabino, revelava-se ele e Poliana, em outra vida, como pessoas poderosas, com muito dinheiro, mas a preço de muito sangue. Eram cruéis.

André Luiz percebeu que ele mantinha o pensamento no passado, não reconhecendo sua atual condição.

Silas falou que era possível conversar com o anão mentalmente, desde que o tratasse como barão.

E assim André Luiz perguntou da violência que percebia nas imagens.

Sabino respondeu, afirmando ser necessário sangue e lágrimas para viver no mundo.

Silas explicou que Sabino é um prisioneiro na prisão de carne e ossos.

Afirmou que ele vem praticamente crimes há séculos, em diversas vidas, sendo que agora está enclausurado.

Assim, Sabino estava fechado em si mesmo e seu único contato com exterior era a mãe Poliana.

Sabino estava em hibernação, tanto para proteção das comunidades encarnada e desencarnada, quanto para si próprio.

Hilário perguntou se não seria possível prendê-lo fora da carne.

Silas afirmou que sim, era possível.

Porém, explicou que no caso de Sabino, os crimes praticados eram tantos, que rapidamente as entidades parceiras e ainda não arrependidas acabariam por atraí-lo, impondo-lhe grandes sofrimentos.

Sabino, em determinado momento de trabalho no Mal, mostrou-se arrependido e iniciou prece pedindo socorro.

Antes que sua nova atitude provocasse reações agressivas, foi recolhido na Mansão, onde foi magnetizado, ainda em hipnose para seu próprio bem.

Após certo tempo, Poliana, também parcialmente recuperada, foi recolhida e a sua reencarnação programada.

O corpo que Sabino utilizava na ocasião da narrativa, além de prisão, funcionava como defesa em razão dos graves compromissos que possui com as esferas infernais.

Assim, não estava resgatando dívidas propriamente dito. Naquela fase estava se preparando para futuramente começar a resgatar suas dívidas. A vida física constituía então uma proteção contra entidades inferiores e contra seus próprios atos, protegendo, inclusive, os encarnados.

Vejamos um passagem da explicação de Silas (p. 235):

“Como vemos, tamanhas são as ligações de nosso companheiro nos planos infernais que, por mercê de Jesus, foi ele ocultado provisoriamente neste corpo monstruoso em que se faz não apenas incomunicável, mas também de algum modo irreconhecível em favor dele próprio. É indispensável que o tempo com a Bondade Divina lhe amparem os problemas aflitivos e complexos”.

Após esta vida física difícil, desligado das inteligências cruéis que governam as regiões infelizes da dimensão “mundo espiritual”, sem ter cometido atos graves contra a humanidade (que seriam naturais de seu espírito), com os choques da desencarnação, ele começará a estar apto a uma mudança efetiva de mentalidade, acordando para a vida eterna. Aí sim, será possível uma programação de vida visando resgate de débito.

IV – Exercícios Mentais e Práticas

Estes exercícios mentais e práticas edificantes visam despertar nossa atenção para a necessidade de alterar nossos hábitos, ajudando em uma efetiva reforma íntima.

 

Até agora, os exercícios mentais e as práticas edificantes que sugerimos para todos fazermos durante a semana são:

 

1 – Afastar todo e qualquer pensamento não edificante durante o dia a dia;

1.1           – Evitar “perder a razão” (estado de cólera, raiva);

1.2           – Indignar-se com serenidade e razoabilidade;

1.3           – Exercitar a indulgência (capacidade de compreender e não divulgar defeitos alheios);

1.4           – Não se queixar da vida, evitar reclamações diárias e negativismos/evitar pessimismo;

1.5           – Não criticar o próximo, não julgar;

1.6           – Não se ofender (compreender o outro);

 

2        – Sempre que passar por alguém emitir bons pensamentos (principalmente para pessoas claramente necessitadas);

2.1           – Fazer pequenas gentilezas a quem está próximo;

2.2           – Participar de algum programa de caridade;

2.3           – Cultivar o otimismo sempre;

2.4           – Cultivar a tolerância com as diferenças e erros alheios;

 

3        – Meditar cinco minutos por dia, ao menos três vezes na semana, preferencialmente antes de orar e preferentemente antes de dormir;

 

4        – Leitura diária de mensagens curtas e edificantes, de preferência quando acordar e antes de dormir, de preferência antes de meditar/orar;

 

5        – Cultivar o Evangelho no Lar uma vez na semana;

 

6        – Perseverar;

 

7        – Estabelecer um hábito angular (hábito novo em sua vida, como deixar de ingerir alcoólicos, iniciar prática de exercícios, largar o cigarro, etc) e exercitar ao máximo o autocontrole dos atos cotidianos;

 

8        – Ser discreto (adotar a discrição sobre nossas vidas particulares);

 

9        – Analisar criticamente os estímulos recebidos, seja de nosso inconsciente, seja de espíritos encarnados e desencarnados.

 

10     – Zelar pela saúde do corpo físico.

 

11     – Orar diariamente.

 

Mensagem de Encerramento:

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2 Comentários

Rosália Maria Cotrim { 22 de outubro de 2013 às 20:49 }

Exemplos são sempre bem vindos.
Muito bom!

ROSE ELIANE { 7 de maio de 2015 às 9:11 }

Eu acho que estou numa existência de resgate,sinto isso muito profundamente,hoje com leituras que me orientam consigo aceitar certos acontecimentos que me abalam.
Obrigada pelas belas palavras e ensinamentos,tem me ajudado muito.

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