Seção: Palestras

Livro: Ação e Reação – Parte II – Curva de Estabilidade Cármica – Escola de Vingadores

I – Revisão

Estudamos que a mente tudo registra, isto é, mesmo que não nos lembremos, TODOS os fatos IMPORTANTES de nossas vidas ficam registrados em nossa mente.

 

A mente, em vibração, dá origem ao corpo mental, envoltório mais sutil do espírito/consciência/pessoa.

 

A mente vibrará conforme o nível de sublimação de cada espírito.

 

O corpo mental, ou campo mental, utilizando-se do fluído cósmico universal respectivo à dimensão em que estamos inseridos, forma o chamado “corpo espiritual” (perispírito na linguagem kardequiana).

 

O corpo espiritual (perispírito) está impregnado de todas as consequências agradáveis e desagradáveis da nossa conduta, registradas pela mente.

 

Ao reencarnamos nesta dimensão vibratória, composta de matéria em estado mais denso, formamos nosso corpo físico sob o comando da mente, atuando através do corpo mental e com reflexo no corpo espiritual, o qual serve de molde para a formação do veículo físico, refletidos, também, os impositivos da hereditariedade.

 

A reencarnação ocorrerá conforme as necessidades do espírito, que poderá resultar na programação de vida realizada pela própria pessoa, auxiliado ou através de algum ente querido, de missionários do Bem, ou, ainda, pela incidência automática das leis divinas que regem naturalmente as relações interpessoais ao longo de nossas vidas.

 

Semana passada vimos que André Luiz e Hilário estão estagiando numa instituição localizada nas regiões densas da dimensão “mundo espiritual”.

 

Nesta instituição, receberam diversas lições sobre a lei de ação e reação, conhecida também como lei do carma.

 

Verificamos que resgatados os débitos da vida passada, em regra, buscaremos resgatar débitos de outras vidas do pretérito, até que atinjamos o nível de sublimação da mente suficiente para ascender às dimensões mais sutis do “mundo espiritual”.

 

II – Curva de Estabilidade Cármica

Pelos estudos da semana passada, podemos entender que parte da Humanidade está chegando na fase de estabilizar o seu endividamento moral.

 

Vale dizer, parte das consciências encarnadas irão conseguir terminar a atual vida física sem novas dívidas, tendo, às vezes, quitado dívidas da vida anterior imediata. Alguns terão se livrado de  vícios, ou ao menos diminuído a quantidade de viciações.

 

Assim, alguns estão vivenciando uma fase de estabilidade cármica, podendo auferir méritos para, nas novas vidas físicas, programá-las com maiores detalhes a fim de resgatar dívidas de outras vidas mais antigas e ainda sublimar sentimentos, visando o maior desenvolvimento da mente, o que a capacitará a viver em planos de existência superiores.

 

Aqueles que conseguirem atingir este nível de estabilidade cármica estarão acompanhando a nova fase do planeta, porque quando chegarmos na fase de Regeneração, o próprio Planeta terá atingindo esta estabilidade e iniciará a fase de sublimação.

 

Diante disso, devemos aproveitar a luz trazida pela Espiritualidade Superior e nos esforçarmos para terminar a atual vida física sem grandes comprometimentos, procurando dirigir nossas vidas no caminho reto do Bem (caridade, estudos, oração, reforma íntima).

 

Saliente-se que, por óbvio, todos possuímos imperfeições morais. Mas, o importante é evitar o comprometimento com grandes erros que afetam a vida de outras pessoas (morte, traição, golpes, vícios diversos, aqui incluídos alimentação inadequada, álcool, sexo desvairado, fumo, etc.).

 

Livrando-nos, inclusive, dos vícios exteriores do espírito, como alimentação excessiva, álcool, cigarro, consumismo, drogas, sexo desregrado, etc, porque se trata de meios de descontrole da mente, o que causa adoecimento do corpo espiritual e, consequentemente, do corpo físico, nesta e na próxima vida.

 

Os vícios, em regra, não prejudicam diretamente outras pessoas, mas desequilibram nossos centros de forças, gerando necessidades de dificuldades em outras vidas físicas para reequilibrá-los. Portanto, além de não praticarmos atos deliberadamente errados referentes às outras pessoas, precisamos evitar práticas evidentemente perniciosas para nosso equilíbrio mental.

 

III – Hipnose

Na instituição Mansão Paz, André Luiz passou a investigar a mente de uma senhora enferma, que havia acabado de ser resgatada das regiões densas.

 

Ele percebeu que na mente da enferma havia figuras horripilantes, de verdadeiros demônios.

 

O assistente da instituição explicou que se trata de uma imagem formada por ela ao longo da vida física, em razão das pregações que assistia na igreja que frequentava.

 

“(…). As Inteligências desencarnadas, entregues à perversão, valem-se desses quadros mal contornados que a literatura feiticista ou a pregação invigilante distribuem na Terra, a mancheias, e imprimem-lhes temporária vitalidade, assim como um artista do lápis se aproveita dos debuxos de uma criança, tomando-os por base dos desenhos seguros com que passa a impressionar o ânimo infantil” (p. 64, Ação e Reação).

 

Vale dizer, as inteligências cruéis, que governam as cidades e vilarejos localizados nas regiões densas do umbral, escravizam pessoas como esta mulher e a hipnotizam, utilizando as próprias imagens mentais delas, criando vida, dentro de sua mente, do inferno em que ela temia estar.

 

Hilário observava o duelo íntimo entre a enferma e a forma pensamento.

 

Hilário afirmou ter manuseado, quando encarnado, um livro aprovado pelo arcebispo de Paris, no qual eram descritos muitos demônios e havia figura muito parecida com o personagem desenvolvido pela enferma.

 

Silas explica que as entidades inferiores utilizam estas imagens formadas na mente para criar processos de fascinação e possessão.

 

Novamente vemos a importância e a força do pensamento na direção de nossas vidas.

 

Daí a enorme importância de adotarmos hábitos edificantes que alimentarão nossas mentes com pensamentos positivos e sublimados, criando-se o reflexo condicionado das criações mentais edificantes, resultando em manutenção do padrão vibratório elevado e sintonia com os planos superiores de vida.

 

IV – A Escola de Vingadores

André Luiz, Hilário e Silas faziam parte de uma equipe de socorro, na qual buscava cessar forte obsessão dos tios assassinados pelo irmão, sobre o sobrinho ainda vivo (encarnado).

 

Em determinada altura dos acontecimentos, Leonel, o tio mais esclarecido da vítima, explicou que eles cursaram uma escola de vingadores.

 

As inteligências cruéis que governam as cidades localizadas nas regiões densas da dimensão vibratória “mundo espiritual”, ensinavam como deveriam ser realizadas as obsessões.

 

Vejamos o que ele aprendeu nesta escola (p. 135):

“(…), aprendemos nas escolas de vingadores que todos possuímos, além dos desejos imediatistas comuns, em qualquer fase da vida, um ‘desejo central’ ou ‘tema básico’ dos interesses mais íntimos. Por isso, além dos pensamentos vulgares que nos aprisionam à experiência rotineira, emitimos com mais frequência os pensamentos que nascem do ‘desejo central’ que nos caracteriza, pensamentos esses que passam a constituir o reflexo dominante de nossa personalidade. Desse modo, é fácil conhecer a natureza de qualquer pessoa, em qualquer plano, através das ocupações e posições em que prefira viver. Assim é que a crueldade é o reflexo do criminoso, a cobiça é o reflexo do usurário, a maledicência é o reflexo do caluniador, o escárnio é o reflexo do ironista e a irritação é o reflexo do desequilibrado, tanto quanto a elevação moral é o reflexo do santo… Conhecido o reflexo da criatura que nos propomos retificar ou punir é, assim, muito fácil superalimentá-la com excitações constantes, robustecendo-lhe os impulsos e os quadros já existentes na imaginação e criando outros que se lhes superponham, nutrindo-lhe, dessa forma, a fixação mental. Com esse objetivo, basta alguma diligência para situar, no convívio da criatura malfazeja que precisamos corrigir, entidades outras que se lhe adaptem ao modo de sentir e de ser, quando não possamos por nós mesmos, à falta de tempo, criar as telas que desejemos, com vistas aos fins visados, por intermédio da determinação hipnótica. Através de semelhantes processos, criamos e mantemos facilmente o ‘delírio psíquico’ ou a ‘obsessão’, que não passa de um estado anormal da mente, subjugada pelo excesso de suas próprias criações a pressionarem o campo sensorial, infinitamente acrescidas de influência direta ou indireta de outras mentes desencarnadas ou não, atraídas por seu próprio reflexo.”

 

E, sorrindo, concluiu: “Cada um é tentado exteriormente pela tentação que alimenta em si próprio”.

 

André Luiz (p. 136): “De mim mesmo, achava-me perplexo. Nunca ouvira um verdugo, aparentemente vulgar, com tanto conhecimento e consciência de seu papel. Figurava-se-me assistir um curso rápido de sadismo mental, extravagante e frio”.

 

Vemos, portanto, que da mesma forma que as inteligências superiores se organizam para divulgar o Bem e lutar pela lei divina do amor, as inteligências cruéis também se organizam para disseminar as ideias inferiores que mantém a Humanidade estagnada.

 

E, novamente, caímos na importância dos reflexos condicionados que são fixados por nossos hábitos mentais.

 

Quanto mais alimentarmos hábitos mentais edificantes, menos estaremos sujeitos a subjugação de entidades inferiores.

 

V – A História de Silas

Ainda conversando com os tios verdugos do próprio sobrinho, Silas passou a contar a história de sua vida.

 

Na última vida física, narrou, nasceu em família rica, fez medicina a pedido da mãe, mas não exerceu a profissão. A mãe morreu ainda quando estava na faculdade. Passou a vigiar o pai e a fortuna deste.

 

O pai desposou segunda esposa, a quem Silas recebeu como inimiga da fortuna que herdaria.

 

Silas, a fim de separar o pai da nova esposa, introduziu no meio familiar um primo, que passou a tentar seduzi-la. Até que, passado mais de um ano, ela cedeu à sedução e Silas preparou o flagrante.

 

Após, convenceu o pai a deixar toda a fortuna somente para ele.

 

Aída, a segunda esposa, não aguentando a tristeza do ato impensado, se matou ingerindo veneno.

 

Silas festejou.

 

Porém, o pai de Silas, após os acontecimentos, tornou-se enfermo e acamado.

 

Após cerca de dois meses, o pai de Silas confessou que ele havia envenenado Aída e que o remorso do crime que cometera o condenava intensamente, desistindo de viver.

 

Agora, Silas se sentia culpado.

 

O pai veio a falecer e Silas se sentia sozinho e culpado.

 

Viajou à Europa a fim de aliviar as recordações, mas nada melhorou seu sentimento. Voltando para o Brasil, evitou o retorno para a velha residência, aceitando ir morar com um amigo de seu pai.

 

Passados alguns meses, ao tomar substância que imaginava ser o remédio da noite anterior, ingeriu veneno fatal que o matou. Os amigos da família acreditaram se tratar de suicídio de “moço rico e entediado da vida”.

 

Passou meses de grande sofrimento em regiões infelizes do mundo espiritual, sofrendo com as criações mentais que ele próprio produzia.

 

Leonel perguntou se Silas já voltaria a reencarnar.

 

Silas esclareceu que primeiro deveria encontrar sua madrasta, para que ele e seu pai resgatassem a enorme dívida que criaram.

 

Silas afirmou que os amigos espirituais não devem achar Aída para ele, porque é dever dele.

 

A história de Silas havia, de alguma forma, comovido os dois verdugos.

 

Silas ensina que buscamos resgatar os débitos da vida anterior, mas que evidentemente possuímos maiores débitos de outras vidas.

 

“Quanto tempo gastamos para refazer, às vezes, a inconsequência de um simples minuto!” (p. 161).

 

Os tios entenderam que se foram mortos pelo seu irmão, o fato ocorreu em sintonia com as leis divinas e que não poderiam castigar o sobrinho por este fato.

 

Decorridos outros encontros, aceitaram cessar a obsessão.

 

Quanto a Silas, após certo tempo, cerca de três anos, período no qual André Luiz e Hilário mantiveram estudos junto à instituição, houve algo imprevisto.

 

Certa noite, pobre mulher cadaverizada foi trazida pelos enfermeiros à sala de atividades habituais para o socorro necessário.

 

Druso cuidou da mulher com muito carinho, fez prece e aplicou passes. A mulher despertou e rogou por Druso, que ficou atordoado, sendo socorrido por Silas.

 

A mulher rogava pelo esposo, para pedir-lhe perdão. O esposo era Druso, que passou a chorar. Silas auxiliou no socorro magnético.

 

O nome da mulher era Aída. Druso, sem se identificar, pergunta se ela se recorda de mais alguém da vida física.

 

E ela afirmou lembrar-se do enteado, Silas.

 

“Somente agora percebíamos que o Instrutor e o Assistente haviam sido, entre os homens, pai e filho… Daí, a discreta intimidade com que se associavam, automaticamente, em todos os serviços…” (p. 337).

 

No dia seguinte, Silas explicou que no trabalho incessante na Mansão, conquistaram amizades sólidas e experiências notáveis, mas necessitavam encontrar Aída para providenciar o resgate necessário.

 

Explicou que, em três dias, Druso deixará a direção da instituição e irá de encontro com a mãe de Silas para regressarem brevemente à vida física.

 

Druso voltará com a esposa, que renunciou à ascensão para ajudar os três. Depois, nascerá Silas e, por fim, Aída.

 

Silas explica que também deixará a instituição para ingressar em educandário que o preparará para as tarefas da medicina humana.

 

Assim, André Luiz e Hilário encerraram seus estudos na instituição.

 

VI – Exercícios Mentais e Práticas

Estes exercícios mentais e práticas edificantes visam despertar nossa atenção para a necessidade de alterar nossos hábitos, ajudando em uma efetiva reforma íntima.

 

Até agora, os exercícios mentais e as práticas edificantes que sugerimos para todos fazermos durante a semana são:

 

1 – Afastar todo e qualquer pensamento não edificante durante o dia a dia;

1.1           – Evitar “perder a razão” (estado de cólera, raiva);

1.2           – Indignar-se com serenidade e razoabilidade;

1.3           – Exercitar a indulgência (capacidade de compreender e não divulgar defeitos alheios);

1.4           – Não se queixar da vida, evitar reclamações diárias e negativismos/evitar pessimismo;

1.5           – Não criticar o próximo, não julgar;

1.6           – Não se ofender (compreender o outro);

 

2        – Sempre que passar por alguém emitir bons pensamentos (principalmente para pessoas claramente necessitadas);

2.1           – Fazer pequenas gentilezas a quem está próximo;

2.2           – Participar de algum programa de caridade;

2.3           – Cultivar o otimismo sempre;

2.4           – Cultivar a tolerância com as diferenças e erros alheios;

 

3        – Meditar cinco minutos por dia, ao menos três vezes na semana, preferencialmente antes de orar e preferentemente antes de dormir;

 

4        – Leitura diária de mensagens curtas e edificantes, de preferência quando acordar e antes de dormir, de preferência antes de meditar/orar;

 

5        – Cultivar o Evangelho no Lar uma vez na semana;

 

6        – Perseverar;

 

7        – Estabelecer um hábito angular (hábito novo em sua vida, como deixar de ingerir alcoólicos, iniciar prática de exercícios, largar o cigarro, etc) e exercitar ao máximo o autocontrole dos atos cotidianos;

 

8        – Ser discreto (adotar a discrição sobre nossas vidas particulares);

 

9        – Analisar criticamente os estímulos recebidos, seja de nosso inconsciente, seja de espíritos encarnados e desencarnados.

 

10     – Zelar pela saúde do corpo físico.

 

11     – Orar diariamente.

 

Mensagem de Encerramento:

 

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1 Comentário

Custodio brigido { 12 de maio de 2021 às 18:23 }

Parabéns aos editores deste lindo trabalho, muito bem editado,explicado , me foi muito útil obrigado

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