A ideia exposta na história abaixo é muito generosa e enquadra-se perfeitamente nos princípios da solidariedade. Começou em Nápoles e se espalhou pelo mundo todo. E o Brasil absorve bem a iniciativa? Funcionaria aqui? Fiz um teste um dia desses com um amigo numa lanchonete, sem ele saber, e depois perguntei. Deu certo, o funcionário foi honesto.
Trata-se do “Café suspenso”. Veja a história já bem conhecida:
Dois amigos entram num café, e enquanto se aproximam das suas mesas, duas pessoas dirigem-se ao balcão, “Cinco cafés, por favor. Dois deles para nós e três suspensos.” Elas pagam os cinco cafés, levam dois e saem. “O que são esses cafés suspensos?”, pergunta um dos amigos. “Espera, já verás.”, responde o outro.
Algumas pessoas entram depois. Duas meninas chegam e pedem um café cada, pagam e vão embora. Em seguida, o pedido é de sete cafés e é feito por três advogados – três para eles e quatro “suspensos”. De repente, um homem vestido com roupas esfarrapadas, que parece um mendigo, entra pela porta e pede gentilmente, “Tem um café suspenso?” É simples, as pessoas pagam com antecedência um café para quem não pode pagar uma bebida quente. A tradição com os cafés suspensos começou em Nápoles, mas espalhou-se por todo o mundo e em alguns lugares, podes não só encomendar um café suspenso como também uma sanduíche ou uma refeição completa.
Não é realmente uma ideia genial? Especialmente solidária e muito humanitária.
Isso também é surpreender alguém. Deixar um café, um lanche, uma refeição paga para alguém que se conhece ou não, que chegará logo ou em tempo que não podemos prever.
A ideia é realmente esta mesma: deixar pago com antecedência para alguém que precise e vai chegar em algum momento. E mesmo que não precise, a surpresa do fato é altamente benéfica com desdobramentos que estimulam o desejo de fazer o mesmo, suprimindo o egoísmo e estimulando um bom exercício de honestidade para os estabelecimentos e seus funcionários.
Será mesmo apenas uma questão de iniciar que a tendência é que a ideia se firme com naturalidade. Fiz o teste pessoalmente e funcionou bem. Como disse acima, estava com um amigo, saí antes dele e já deixei pago a parte dele também. Fiquei a pensar se o funcionário e o estabelecimento seriam honestos. E foram. Mesmo o amigo não sabendo do meu teste, logo o encontrei e perguntei se ele teve que pagar. Agradeceu pela surpresa do momento e disse que realmente não teve que pagar nada.
Faça a experiência leitor, é motivadora e traz uma sensação muito boa de bem estar.
E o melhor é que a ideia está se espalhando rapidamente com muita gente motivada para esse gesto simples, acolhedor e generoso, sem outra intenção senão surpreender alguém com a alegria daí decorrente. O bem estar que se sente é o efeito imediato da boa ação.
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