Força da Mente – Espíritos Morrem? – Espíritos casam? – Crosta Terrestre ou Umbral? – Saber Indignar-se
Por Breno Costa
I – Revisão
No estudo anterior, vimos que os espíritos somos apenas nós, mas em outra dimensão. Vale dizer, não é o espírito de “fulano” e sim o próprio “fulano” em outra dimensão vibracional. Assim, espírito não é fantasma, é ser humano dotado de corpo físico (da dimensão chamada de espiritual) com todos os característicos de qualquer ser humano. É gente.
Aprendemos também que não existe ócio nas colônias espirituais, mas sim, trabalho constante, havendo, até mesmo, espécie de papel moeda, chamado de “bônus-horas”, recursos obtidos como resultado do trabalho e com os quais conquistamos benefícios nas colônias.
Vimos que o corpo espiritual (perispírito) também sofre desgaste físico e a mente fica cansada. Dessa forma, as pessoas desencarnadas (espíritos) também dormem para descansar e recuperar-se do desgaste físico e mental.
Analisamos que o plano vibracional conhecido como Mundo Espiritual possui diversas camadas vibratórias, algumas muito diferentes entre si, tanto que é possível a espíritos bem intencionados, quando dormem, se desprenderem e irem para dimensões vibracionais mais sutis.
Conhecemos uma nova espécie de vestimenta do espírito, o chamado “corpo mental”, que seria um envoltório sutil criado pelo espírito por força da emissão, recepção e metabolização de vibrações, gerando, pelo atrito de forças contrárias, um campo eletromagnético ao redor do “ente essencial” ou “espírito”, que tem, como revela a questão 88 de O Livro dos Espíritos, a aparência de “uma flama, um clarão ou uma centelha elétrica”.
Além disso, passamos como exercício da semana o controle emocional, ou seja, nunca entrar no chamado estado de cólera, raiva, ira, “perder a razão”.
Hoje, vamos começar analisando o porquê deste exercício e sua importância para nossa saúde mental.
II – A Mente Humana
O exercício da semana passada foi evitar ao máximo ficar nervoso, com raiva, com cólera, “perder a razão”.
E qual razão deste exercício?
Qual a importância disso? Porque é importante não “perder a razão”?
Vejamos as preciosas lições constantes do livro “Entre a Terra e o Céu” (fls.178/181):
“A cólera não aproveita a ninguém, não passa de perigoso curto-circuito de nossas forças mentais, (…) arremessando raios destruidores ao redor de nossos passos”.
“A criatura enfurecida é um dínamo (máquina que transforma energia mecânica em energia elétrica) em descontrole”.
Lembremos as primeiras lições por meio da explicação de André Luiz no livro “Mecanismos da Mediunidade”, p. 49: “Imaginemo-lo (o espírito) como sendo um dínamo gerador, indutor, transformador e coletor, ao mesmo tempo, com capacidade para assimilar correntes contínuas de força e exteriorizá-las simultaneamente”.
Agora imaginem esse dínamo, nossa mente, no estado de cólera…
Voltando ao livro “Entre a Terra e o Céu”:
“O súbito desequilíbrio de nossas energias estabelece os mais altos prejuízos à nossa vida, porque os pensamentos desvairados, em se interiorizando, provocam a temporária cegueira de nossa mente, arrojando-a em sensações de remoto pretérito, nas quais como que descemos quase sem perceber a infelizes experiências da animalidade inferior”.
E porque o pensamento desvairado provoca “a temporária cegueira de nossa mente?”
Quando entramos em total desequilíbrio de nossas faculdades mentais, as vibrações mentais emitidas entram em tal grau de agitação que adentram na atmosfera com extrema violência, atraindo rapidamente a espécie de vibração mental similar, ou, em outras palavras, espíritos desencarnados que estão na mesma sintonia de vibração.
E, se estamos em estado de cólera, adivinhe a espécie de espírito atraído.
Assim, podemos ter a seguinte certeza: Se o descontrole, briga, discussão não começou por influência de espíritos, com certeza continuará sendo influenciada por espíritos que foram atraídos pela emissão de vibrações das pessoas envolvidas.
É isso que está dito de modo um pouco mais difícil na seguinte lição de Andre Luiz:
“Correntes Mentais Destrutivas – Os referidos estados de tensão (mente conturbada), devidos a ‘núcleos de força na psicosfera pessoal’, procedem, quase sempre, à feição das nuvens pacíficas repentinamente transformadas pelas cargas anormais de ‘elétrons livres’ em máquinas indutoras, atraindo os campos elétricos com que se fazem instrumentos da tempestade”.
E a explicação de André Luiz continua para não deixar dúvidas:
“Acumulando em si mesma as forças autogeradoras em processo de profundo desequilíbrio, a alma exterioriza forças mentais desajustadas e destrutivas, pelas quais atraí as forças do mesmo teor, caindo frequentemente em cegueira obsessiva”.
Assim, a pessoa em estado de descontrole mental (ira, cólera, “perda da razão”), entrando em sintonia com os espíritos afins, passa a absorver as vibrações também emitidas por estes espíritos, agravando o descontrole em que se encontra.
Importante entender: atraídos espíritos em sintonia com a emissão de vibrações baixas, você não apenas absolve os fluídos emitidos por este(s) espírito(s). Em regra, ou já está ou passará a estar numa espécie de obsessão (estudaremos com mais detalhes). Assim, os atos passarão a ser ditados/sugeridos por estes espíritos.
“Nessa posição, emitem ondas mentais perturbadas, pelas quais se ajustam a Inteligências perturbadas do mesmo sentido, arrojando-se a lamentáveis estações de aviltamento, em ocorrências deploráveis de obsessão”. (Mecanismos da Mediunidade, p. 114).
E a palavra? Quando estamos em estado de cólera, gritando e xingando a todos?
“A palavra, qualquer que ela seja, surge invariavelmentedotada de energias elétricas específicas, libertando raios de natureza dinâmica. A mente, como não ignoramos, é incessante gerador de força, através dos fios positivos e negativos do sentimento e do pensamento, produzindo o verbo que é sempre uma descarga electromagnética, regulada pela voz” (Entre a Terra e o Céu, p. 177).
Lembram-se como ficava a partícula de água quando exposta ao som de uma ameaça de morte?
Então, a partir de hoje, todos nós sabemos o que acontece quando ficamos com raiva e descontrole emocional. Sabemos também os grandes prejuízos que isso causa para a nossa harmonia mental e, portanto, a partir de hoje, vamos evitar ficarmos neste estado de espírito, ajudando na primeira das tarefas, tentemos “evitar pensamentos não edificantes”.
III – Diversas Curiosidades sobre o Mundo Espiritual (Continuação)
– Espíritos Morrem?
Vamos pensar juntos, o que é a morte?
A morte é o fim?
Com a morte tudo acaba?
Ou a morte é uma mudança de dimensão?
Mesmo as religiões que não são espíritas, que acreditam em inferno, purgatório e céu, não asseguram que existe uma vida eterna e a alma da pessoa vai para estes lugares?
Então, a primeira coisa que precisamos assimilar é isso: a morte é apenas uma mudança de dimensão.
O que “morre” é o corpo físico e tão somente (no plano espiritual também temos um corpo). A alma que o habita sobrevive a esta decomposição.
Lembram-se da mensagem de Andre Luiz?
“A vida não cessa e é fonte eterna”.
“Uma existência, um ato;
Um corpo, uma veste;
Uma morte, um sopro renovador.”
Assimilando este conceito podemos começar ampliar nossa consciência sobre as leis que regem o Universo.
Até aqui já aprendemos que o Mundo Espiritual é composto de várias dimensões vibracionais, tão diferentes entre si que existe até mesmo reuniões mediúnicas para que um espírito de uma dimensão vibracional mais elevada possa manifestar-se em uma dimensão vibracional mais inferior.
Aprendemos também que nosso perispírito, em virtude de nosso estágio ainda inferior, é formado por uma matéria fluídica para nós, encarnados, mas bastante grosseira para espíritos evoluídos (questão 93 dos Livro dos Espíritos).
Assim, no decorrer dos séculos a pessoa desencarnada, evoluindo espiritualmente, pode “morrer” em uma dimensão vibracional para “renascer” em outra dimensão.
Vejamos esta passagem o livro Libertação (fl. 105):
“André, já ouviste falar numa ‘segunda morte’…
Sim(…), tive notícias de amigos que perderam o veículo perispiritual, conquistando planos mais altos”.
E mais a frente explica o mentor de André Luiz (fl. 105):
“Sabes, assim, que o vaso perispirítico é também transformável e perecível, embora estruturado em tipo de matéria mais rarefeita.”
Quando ouvimos a pergunta, “Espíritos morrem?”, no que pensamos? “Claro que não, o espírito é eterno”. Percebam a confusão de conceitos, respondemos a pergunta com o aprendizado de que morte é o fim, quando, como visto, é transformação.
Assim, temos que a morte é a perda do corpo que veste temporariamente o espírito e tão somente isso.
Nesse sentido, a pessoa desencarnada, que possui uma veste, o chamado perispírito, pode sofrer uma segunda, uma terceira, uma quarta morte, pelo desgaste natural da matéria quintessenciada de que ele é composto, tantas vezes quantas forem necessárias para acompanhar as sucessivas mudanças de dimensão vibracional pelas quais ele passar.
Mais para frente, quando os estudos estiverem mais aprofundados, iremos analisar a segunda morte pelo desgaste do corpo espiritual (perispírito) quando a pessoa desencarnada é renitente no caminho do mal, mas aqui, também, veremos que a regra é a mesma, ou seja, a alma é eterna, sendo a morte apenas a mudança de traje. Por enquanto, fiquemos apenas com a “segunda morte” como mudança para dimensões vibracionais mais evoluídas.
– Espíritos Casam? Namoram?
Depois de tudo que dissemos, já podemos entender que a dimensão vibracional do plano espiritual que está próxima de nós em muito se assemelha à vida terrena.
Podemos entender também que para nós o plano espiritual é mais sutil, mas, para eles (pessoas desencarnadas), que habitam a dimensão espiritual tudo é como aqui, material, concreto, nada holográfico, menos ainda abstrato. O que para nós é sutil, para eles é concreto, real e físico.
Assim, as pessoas que habitam o Mundo Espiritual, trabalham, se alimentam e até mesmo morrem, quando necessário, mudando novamente de dimensão. E vimos que mantém uma vida social, incluindo até mesmo concertos musicais e outros entretenimentos, sendo natural desenvolver afinidades, mormente se já são espíritos que trazem um sentimento da vida encarnada, que se devotem sentimentos de amor, carinho, ternura.
E por que, por acaso, não poderiam namorar e casar?
O espírito, assim entendido o ser em si, de forma geral, desvestido de roupagem perispirítica, não possui sexo determinado. Porém, é comum um mesmo espírito passar dezenas de reencarnações seguidas como homem ou como mulher, conforme sua necessidade de evolução. Nesse sentido, quando na erraticidade espiritual, ou seja, quando na dimensão vibracional do plano espiritual, continuam com as mesmas características da vida terrena, mantendo-se homem ou mulher, conforme suas últimas reencarnações (porque é assim que se vêem).
Assim, é possível e acontece de espíritos afins, quando na dimensão vibracional conhecida como Mundo Espiritual, casarem e programarem novos planos juntos.
O livro “E a Vida Continua…” traz linda história de amor e narra o casamento entre os personagens principais no plano espiritual.
– Porque alguns espíritos vão para o umbral e outros ficam na Crosta da Terra entre os encarnados?
A dúvida que surge é a seguinte: Nós estudamos e aprendemos que existe a dimensão vibracional conhecida como Umbral. Vimos que é natural quando desencarnamos irmos para esta dimensão em razão da afinidade vibracional. Aprendemos que neste lugar existem hospitais, postos de socorro e colônias espirituais. Pois bem, o que faz uma pessoa desencarnada ficar na Crosta da Terra e não no Umbral? Qual a diferença?
Vamos lá.
Primeiro, como visto, a dimensão vibracional densa conhecida como Umbral inicia-se na Crosta Terrestre e vai até alguns quilômetros na atmosfera da Terra.
Como em todos os casos, o que vai determinar o local em que o espírito vai ficar é a sua afinidade vibracional.
Em regra, os espíritos mais acomodados, acostumados com os vícios materiais como bebidas, cigarros, comida em excesso, sexo pornográfico, etc, continuam entre os encarnamos para ficar vampirizando os fluídos emitidos (depois veremos o que é o vampirismo).
De outro lado, aqueles espíritos que estão consumidos pelo remorso e pela culpa, ou simplesmente inconscientes, são atraídos para as regiões umbralinas respectivas – dada a afinidade vibracional. Como, por exemplo, o vale dos suicidas.
Por fim, aqueles que nutrem extremo ódio e raiva em seu interior, são rapidamente localizados pelos espíritos trevosos, que alimentam este sentimento e faz pactos para ajudá-los em vinganças, desde que os ajudem em retribuição, comprometendo a pessoa por muito tempo.
Voltamos, assim, ao que estudamos nas outras semanas, não importa para onde vamos, mas sim como vamos.
Quem fez o bem, já possui uma vibração mental diferenciada e, ainda, receberá assistência dos amigos espirituais, indo para locais de socorro, estão fora do que foi citado aqui.
Quem fez o mal ou simplesmente foi omisso sua vida inteira (uma espécie de fazer o mal) pode ficar entre encarnados, vagando nas dimensões umbralinas mais densas ou ainda se associarem a espíritos trevosos.
Futuramente vamos estudar um pouco mais isso.
IV – Exercícios para a semana
Vamos encerrar os estudos de hoje propondo manter os três exercícios da semana passada e acrescentar mais um derivado do primeiro.
Iremos manter: a) evitar pensamentos não edificantes durante o dia a dia, o que inclui não “perder a razão” (estado de cólera); b) emitir bons pensamentos quando cruzamos com pessoas na rua (principalmente as claramente necessitadas); c) meditar cinco minutos ao menos três vezes na semana.
O exercício que vamos acrescentar também deriva do primeiro “evitar pensamentos não edificantes”.
Será o seguinte: aprender a forma correta de se ficar indignado.
A indignação pode ser uma legítima forma de se expressar.
André Luiz explica no Livro Entre a Terra e o Céu (fls. 170/180): “A indignação é necessária para marcar a nossa repulsa contra atos deliberados de rebelião ante as leis do Senhor”.
Porém, é necessário tomar cuidado ao se indignar.
Primeiro, não devemos ficar indignados por qualquer motivo, por qualquer bagatela.
Segundo, indignar-se não pode ser uma desculpa para “perdemos a razão”. Lembram-se do início destes estudos, o que acontece e os prejuízos quando ficamos no estado de cólera? Pois bem, não podemos ficar indignados com algum fato e “perder a razão”, ficar no estado de cólera, ira, raiva, violência, etc.
Vejamos mais estas lições contidas no livro “Entre a Terra e o Céu” (fls. 170/180):
“Assim como a administração da energia elétrica reclama atenção para a voltagem, precisamos vigiar a nossa indignação principalmente quando seja imperioso vertê-la através da palavra, carregando a nossa voz tão-somente com a força suscetível de ser aproveitada por aqueles a quem endereçamos a carga de sentimentos”.
“é indispensável modular a expressão da frase, como se gradua a emissão elétrica!”.
“Nunca deve arrojar-se à violência e jamais deve-se perder a dignidade de que fomos investidos”.
“Precisamos, assim, de muita cautela com a palavra, nos momentos de tensão alta do nosso mundo emotivo, a fim de que a nossa voz não se torne gritos selvagens ou considerações cruéis que não passam de choques mortíferos que infligimos aos outros, semeando espinheiros de antipatia e revolta que nos prejudicarão a própria tarefa”.
Dessa forma, temos que indignar-se é legítimo e pode ocorrer sim em nosso dia a dia. Porém, devemos aprender a indignarmo-nos mantendo o padrão vibratório alto, apenas falando o necessário e sem agredir ninguém. A partir de hoje, vamos tentar aplicar isso em nosso dia a dia, aumentando nosso nível de êxito ao cumprir a primeira tarefa “afastar qualquer pensamento não edificante”.
Vamos encerrar com esta linda mensagem de Emmanuel
1 Comentário
Estou aguardando novas e importantes liçôes obrigado
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