Artigo escrito por Orson Peter Carrara
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O dia 30 de janeiro é conhecido como o Dia da Saudade! A palavra, por si só, já propõe pensar em tanta lembrança que é quase impossível destacar esta ou aquela.
Na verdade, quem ama sente saudade. Pode ser de uma música, de um ser amado distante ou ausente, de uma paisagem, de uma convivência, de uma circunstância… Ah!, há tanto para lembrar e sentir aquele sentimento agradável que é a saudade.
O que é que o leitor tem saudade? O que gostaria de reviver, quem gostaria de encontrar novamente, onde gostaria de ir outra vez?
São os detalhes da saudade!
Diante dos destrambelhos da atualidade, com a corrupção galopante e teimosa, parece que a saudade dói, aumenta mais. Afinal, o que estamos assistindo, nos abusos vários que imperam na sociedade, faz voltar a mente ao conforto de tempos que se foram onde havia mais respeito pela civilidade, pela soberania nacional, pela educação.
Mas não nos impressionemos. Este tumulto generalizado é apenas um processo necessário para colocar a casa em ordem novamente. Isso tudo vai passar. As ilusões a que se entregam os que se satisfazem na vaidade, no abuso do poder, nas tentações e ilusões passageiras da comodidade material, sem outras preocupações e providências em favor da vida coletiva – esquecidos de nossa real natureza imortal que vai sobreviver no tempo e terá encontro inevitável com a própria consciência – são tão efêmeras, tão frágeis, que os esforços para tentar segurá-las serão todos infrutíferos, pois o tempo marcha incessante, indiferente à nossa postura e às nossas escolhas.
O que estamos vivendo, na intensa desorganização social, requer uma postura de firmeza moral. Não nos deixemos impregnar por essa onda de pessimismo e abandono. Essa onda de abandono e desorganização, de indiferença e descrença também é uma grande ilusão. Ela é criada pela descrença daqueles que desconhecem ou desprezam que há um poder que governa a vida. Por egoísmo, muitos de nós, os humanos, nos deixamos iludir pelo desejo de poder, pela ambição desmedida e nos entregamos a essa loucura social ilusória que se generaliza.
Mas aqueles que somos ou não cristãos, guardando fé e confiança na vida – diga-se Deus –, devemos exercitar a resignação diante das adversidades, erguermo-nos na coragem e na fé, mantendo a dignidade da firme postura moral, pois estes são os valores que vão nos amparar nesses momentos de transição e difíceis da atualidade, que, repita-se, vão passar.
Nada, pois, de medo, desespero, revolta. O momento é de fortaleza moral, conectando-nos a Deus com a confiança de quem sabe esperar.
E já que estamos lembrando o dia da saudade, busquemos também os bons momentos e recordações saudáveis que todos trazemos que, aliados à resoluta posição de seguir adiante, sejam elementos impulsionadores da alegria e da confiança em Deus!
O que desejamos ao leitor é que prossiga confiante. Prossigamos, eu meu incluo, óbvio!
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