I – Revisão
Estudamos que a mente tudo registra, isto é, mesmo que não nos lembremos, TODOS os fatos de nossas vidas ficam registrados em nossa mente.
A mente, em vibração, dá origem ao corpo mental, envoltório mais sutil do espírito/consciência/pessoa.
A mente vibrará conforme o nível de sublimação de cada espírito.
O corpo mental, ou campo mental, utilizando-se do fluído cósmico universal respectivo à dimensão em que estamos inseridos, forma o chamado “corpo espiritual” (perispírito na linguagem kardequiana).
O corpo espiritual (perispírito) está impregnado de todas as consequências agradáveis e desagradáveis da nossa conduta, registradas pela mente.
Ao reencarnamos nesta dimensão vibratória, composta de matéria em estado mais denso, formamos nosso corpo físico sob o comando da mente, atuando através do corpo mental e com reflexo no corpo espiritual, o qual serve de molde para a formação do veículo físico, refletidos, também, os impositivos da hereditariedade.
A reencarnação ocorrerá conforme as necessidades do espírito, que poderá resultar na programação de vida realizada pela própria pessoa, auxiliado ou através de algum ente querido, de missionários do Bem, ou, ainda, pela incidência automática das leis divinas que regem naturalmente as relações interpessoais ao longo de nossas vidas.
Vimos que André Luiz e Hilário estão estagiando numa instituição localizada nas regiões densas da dimensão “mundo espiritual”.
Nesta instituição, receberam diversas lições sobre a lei de ação e reação, conhecida também como lei do carma.
Verificamos que resgatados os débitos da vida passada, em regra, buscaremos resgatar débitos de outras vidas do pretérito, até que atinjamos o nível de sublimação da mente suficiente para ascender às dimensões mais sutis do “mundo espiritual”.
Semana passada analisamos a fase que alguns estão atingindo de estabilidade cármica, ou seja, passar a vida física atual sem cometer erros graves e ainda resgatando débitos de outras vidas e diminuindo vícios externos da mente.
Entendemos, também, que existem organizações e escolas destinadas a ensinar técnicas de obsessão para os espíritos vingativos.
Nestas escolas é ensinado que todos nós temos reflexos condicionados cristalizados na mente, ou seja, todos possuímos pensamentos dominantes em nosso íntimo. Da mesma forma que no espírito evoluído este pensamento é de luz, na pessoa violenta é de agressão, no avarento de avareza, no viciado em sexo de pornografia e assim sucessivamente.
Diagnosticada a diretriz maior de nossos pensamentos, de cunho inferior, espíritos maléficos passam a estimular, sugerir persistentemente e superalimentar o nosso desvario mental, inclusive com a aproximação de espíritos doentes que alimentem os mesmos anseios, ou seja, comungam com este tipo de pensamento, alocando-os em nossa esfera mental para que recebamos diuturnamente tais estímulos inferiores.
Terminamos os estudos com a história de vida de Silas e Druso. Hoje veremos vários casos de resgaste, para fixarmos bem como funciona a lei de ação e reação.
II – Dívida Agravada
Estavam nossos personagens na instituição prestando socorro para algumas pessoas enfermas, quando uma senhora apareceu pedindo socorro para a filha encarnada, que estava prestes a se suicidar.
A filha chamava-se Marina e tinha a reencarnação coordenada pela Mansão.
Ao chegarem na casa de Marina, diversas entidades infelizes foram afastadas pela ação salutar dos espíritos superiores.
Marina estava beijando a filha de 2 anos de idade, como a se despedir. Havia preparado veneno para cometer suicídio.
No momento em que a jovem iria ingerir o veneno, Silas afirmou “como podes pensar na sombra da morte, sem a luz da oração?”. Esta frase foi registrada na mente da jovem e esta ficou indecisa.
Sob forte influência de Silas, Marina deixou o copo e começou a orar.
Após a prece, novamente sob forte influência de Silas, bateu involuntariamente a mão no copo, derramando o veneno fatal.
Tomada de pensamentos de remorso e temor, passou a orar, aumentando a passividade, da qual Silas se aproveitou para induzi-la ao sono profundo.
Silas explicou a reencarnação de Marina até então:
– Em outra vida violou o casamento de Jorge e Zilda, impondo grande leviandade aos dois.
– Após muito sofrimento nas regiões densas do mundo espiritual, por meio da intercessão, reencarnou para acerto com os dois.
– Marina, a primeira filha, recebeu a irmã menor e a envolveu em carinho fraternal, Zilda.
– Já moças, Zilda reencontra Jorge e rapidamente se envolvem.
– Marina, esquecendo-se das promessas de aceitar amar o homem que iria casar com sua irmã sem se envolver, resgatando o débito do passado, passou a tramar projetos para seduzir Jorge.
– Com o tempo, Marina passou a envolver o já noivo da irmã em teias de sedução.
– Com seus projetos, envolveu-se com entidades inferiores que ajudaram na trama de sedução de Jorge.
– Jorge, vampirizado por entidades e nas teias de Marina, passou a nutrir grande simpatia por esta.
– Passado alguns meses, Jorge cedeu e começaram a se encontrar ocultamente.
– Faltando duas semanas para o casamento Jorge confessa a traição para Zilda e afirma estar apaixonado por Marina.
– Na mesma noite, Zilda ingere veneno e se mata.
– Zilda, desencarnada, em razão dos méritos e intercessão da mãe, foi recolhida na Mansão, tendo, também a seu favor, os atenuantes do quadro de alienação mental em que foi envolvida.
– Marina falhara na prova da renúncia em favor da irmã e, como conseqüência, havia agravado seu débito.
– Zilda foi encaminhada, agora como filha de Marina e Jorge, para resgatar seus débitos do suicídio e reconciliar-se com Marina, que deveria suportar a tristeza da filha doente (surda-muda e com problemas mentais).
– Jorge desenvolveu lepra e encontrava-se em instituição de socorro.
– Diante da situação da vida, causada pelo agravamento das próprias condutas, Marina deseja o suicídio.
Marina, desdobrada, encontrou a mãe e se emocionou.
A mãe iniciou conversa, incentivando a filha a aguentar as provas necessárias para o necessário reajustamento.
Marina voltou para corpo físico e foi considerada refeita para suportar as provas que surgiam.
III – Dívida Estacionária
Em outro socorro, foram nossos valorosos estudantes, para a residência de Poliana, numa propriedade rural pobre e triste.
Na casa havia uma mulher vestindo trapos, e um anão paralítico. A mulher estava tomada por uma expressão de desânimo.
Silas esclareceu que são mãe e filho, ambos tutelados pela Mansão.
Verificaram que o coração de Poliana necessitava urgente auxilio.
O socorro era necessário também porque o filho dependia da mãe. A prova suportada era em conjunto.
Silas induziu que Poliana ficasse com sede e fluidificou a água para tornar-se medicamento, sendo por ela ingerida.
Poliana adormeceu e, desdobrada, foi levada para descansar na floresta.
Nas florestas, mares, rios, cachoeiras, há grande concentração de fluído cósmico universal (matéria cósmica primitiva), modificado, que é utilizado para energizar o doente.
Silas fez linda prece.
Em resposta à prece, chegaram cinco irmãos de outras regiões para ajudar a prestar o socorro.
Diversos recursos da natureza foram ministrados em favor de Poliana que rapidamente sentiu-se melhor.
Silas explicou que as melhoras recebidas pelo corpo espiritual da assistida será naturalmente absorvida pelo corpo físico.
Afagando a cabeça de Poliana, Silas falou que no dia seguinte a espiritualidade iria encaminhar algum bom samaritano para socorrê-la nas dificuldades materiais e de auxílio ao filho.
Passaram a analisar Sabino, o anão, que possuía o corpo todo disforme.
André Luiz passou a investigar os quadros mentais de Sabino e viu que ele se mantinha distante da realidade, alimentando pensamentos estranhos.
Nos pensamentos de Sabino, revelava-se ele e Poliana, em outra vida, como pessoas poderosas, com muito dinheiro, mas a preço de muito sangue. Eram cruéis.
André Luiz percebeu que ele mantinha o pensamento no passado, não reconhecendo sua atual condição.
Silas falou que era possível conversar com o anão mentalmente, desde que o tratasse como barão.
E assim André Luiz perguntou da violência que percebia nas imagens.
Sabino respondeu, afirmando ser necessário sangue e lágrimas para viver no mundo.
Silas explicou que Sabino é um prisioneiro na prisão de carne e ossos.
Afirmou que ele vem praticamente crimes há séculos, em diversas vidas, sendo que agora está enclausurado.
Assim, Sabino estava fechado em si mesmo e seu único contato com exterior era a mãe Poliana.
Sabino estava em hibernação, tanto para proteção das comunidades encarnada e desencarnada, quanto para si próprio.
Hilário perguntou se não seria possível prendê-lo fora da carne.
Silas afirmou que sim, era possível.
Porém, explicou que no caso de Sabino, os crimes praticados eram tantos, que rapidamente as entidades parceiras e ainda não arrependidas acabariam por atraí-lo, impondo-lhe grandes sofrimentos.
Sabino, em determinado momento de trabalho no Mal, mostrou-se arrependido e iniciou prece pedindo socorro.
Antes que sua nova atitude provocasse reações agressivas, foi recolhido na Mansão, onde foi magnetizado, ainda em hipnose para seu próprio bem.
Após certo tempo, Poliana, também parcialmente recuperada, foi recolhida e a sua reencarnação programada.
O corpo que Sabino utilizava na ocasião da narrativa, além de prisão, funcionava como defesa em razão dos graves compromissos que possui com as esferas infernais.
Assim, não estava resgatando dívidas propriamente dito. Naquela fase estava se preparando para futuramente começar a resgatar suas dívidas. A vida física constituía então uma proteção contra entidades inferiores e contra seus próprios atos, protegendo, inclusive, os encarnados.
Vejamos um passagem da explicação de Silas (p. 235):
“Como vemos, tamanhas são as ligações de nosso companheiro nos planos infernais que, por mercê de Jesus, foi ele ocultado provisoriamente neste corpo monstruoso em que se faz não apenas incomunicável, mas também de algum modo irreconhecível em favor dele próprio. É indispensável que o tempo com a Bondade Divina lhe amparem os problemas aflitivos e complexos”.
Após esta vida física difícil, desligado das inteligências cruéis que governam as regiões infelizes da dimensão “mundo espiritual”, sem ter cometido atos graves contra a humanidade (que seriam naturais de seu espírito), com os choques da desencarnação, ele começará a estar apto a uma mudança efetiva de mentalidade, acordando para a vida eterna. Aí sim, será possível uma programação de vida visando resgate de débito.
IV – Exercícios Mentais e Práticas Edificantes
A tarefa de casa é composta por exercícios mentais e práticas edificantesque visam despertar nossa atenção para a necessidade de alterar nossos hábitos, ajudando em uma efetiva reforma íntima.
Sublimando nossos hábitos, alteramos a frequência de nossa vibração mental eelevamos nosso grau de consciência.
Até agora, os exercícios mentais e as práticas edificantes que sugerimos para fazer durante a semana são:
1º – Afastar todo e qualquer pensamento não edificante (ver aula 01 e 02 no link “Exercícios mentais”).
2º – Sempre que passar por alguém emitir bons pensamentos (ver aula 03 e 04 no link “Exercícios mentais”).
3º – Meditar por CINCO minutos, ao menos três vezes na semana. Preferencialmente, meditar todos os dias por cinco minutos. Preferencialmente, orar antes. Preferencialmente, antes de dormir (principalmente para quem tem insônia). (ver aula 05 no link “Exercícios mentais”).
4º – Evitar o descontrole emocional (raiva, cólera, ira, etc). (ver aula 06 no lik “Exercícios mentais”).
5º – Paciência – Esperar 1 minutos antes de ficar impaciente.
6º – Indignar-se com serenidade.
7º – Ser generoso e solícito no dia a dia (no trabalho, na rua, trânsito, em casa, etc).
8º – Fazer Evangelho no Lar ao menos uma vez por semana (incentivamos realizar Evangelho no Lar nas quintas-feiras, dia que o Núcleo Espírita Amor e Paz, de Marília, realiza uma corrente de oração, entre 21h00min e 22h00min, faça no seu lar, com sua família).
9º – Ler uma vez por dia uma “mensagem edificante” de Espíritos Superiores (Emmanuel, André Luiz, Dr. Bezerra de Menzes, Memei, Joanna, etc).
10º – Estabelecer um hábito angular para rotina diária, auxiliando no “despertar” de nosso autocontrole e vigia de nossos pensamentos e atos diários.
11º Evitar ao máximo queixar-se de vida, analisando os fatos com resignação e confiança nas Leis Divinas, mantendo harmonia mental.
12º – Fazer caridade, participando ativamente de alguma atividade assistencial.
13º – Exercitar a indulgência (não observar, não comentar, não divulgar, defeitos alheios).
14º – Perseverar!
15º – Ser discreto nos atos da vida (particular e profissional).
16º – Desenvolver o nobre sentimento da compreensão, evitando criticar o próximo e aprendendo a ter tolerância com pensamentos diferentes e erros cometidos.
17º – Analisar criticamente os impulsos recebidos, seja do nosso inconsciente (hábitos – reflexos condicionados), seja de espíritos desencarnados.
18º – Elaborar o caderno de metas individuais e reforma íntima.
19º – Zela pela saúde do corpo físico, adotando uma alimentação equilibrando e a prática de exercícios físicos regulares no decorres da semana.
20º – Desenvolver o sentimento da Gratidão, agradecendo diariamente a Deus por todas as alegrias que possui, mesmo as pequenas.
21º – Orar diariamente.
22º – Admirar a beleza da natureza e levar “vida” para nosso ambiente de casa e do trabalho, decorando-o com plantas, flores, quadros, etc.
23º – Não alimentar sentimentos de culpa ou remorso. O arrependimento deve ser o primeiro passo, o segundo tem que ser corrigir o erro e aprender com ele e não ficar se auto condenando.
24º – Adotar, imediatamente, sem desculpas ou justificativas, as condutas edificantes catalisadoras de nossa reforma íntima e qualidade de vida.
25º – Evitar, durante o dia a dia, melindrar-se por bagatela (pequenas coisas).
26º – Programar sua semana, prevendo quando irá fazer exercícios físicos, oração, meditação, leitura edificante, estudo sobre espiritismo e intelectual, além das tarefas rotineiras da vida.
27º – Sermos otimistas no dia a dia e, ao mesmo tempo, resignados com os acontecimentos.
28º – Pensar e analisar antes de falar, regulando o tom de voz e evitando falar de forma agressiva e, até mesmo, palavrões.
29º – Sermos humildes efetivamente, no dia a dia, abafando a vaidade e o orgulho”.
30º – Orar, pedindo ajudar quando efetivamente precisamos (oração intercessória).
31º – Ser tolerante em todos os atos da vida.
*
Hoje aprenderemos:
“Ser menos materialista, evitando a ostentação e o desejo por acúmulo inútil de riquezas”.
Frisemos: “evitando ostentação”.
Frisemos: “desejo – acúmulo inútil”.
É Evidente/óbvio/claro que não estamos defendendo voto de pobreza ou condenando a busca por conforto material!
Está dito no Evangelho de Matheus:
“E então, Jesus disse a seus discípulos: Eu vos digo, em verdade, que é bem difícil a um rico entrar no reino dos Céus. Ainda vos digo mais: É mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no reino dos Céus.”
Percebam, Jesus não disse que é errado a riqueza ou que a pessoa não pode buscar o seu conforto material.
Mas ressaltou a dificuldade que a pessoa com riqueza material tem de despertar para as realidades do espírito, porque pode ficar cega com os prazeres materiais desta dimensão.
Realidades do Espírito: Universo multidimensional, vida eterna, crescimento/avanço pela evolução mental.
Devemos, por óbvio, buscar o nosso conforto material.
Devemos, evidentemente, buscar nosso sucesso profissional.
Mas, devemos evitar a ostentação e evitar alimentar o desejo por acúmulo de riquezas inúteis.
A riqueza material deve servir de instrumento da infinita misericórdia de Deus, auxiliando na evolução daquele que está em dificuldade.
Isso não significa fazer voto de pobreza, mas sim aprender a ser generoso quando possuir condições materiais para tanto.
Por meio da caridade:
Vejamos a lição “Auxílio”, de Emmanuel, no livro “Pensamento e Vida”:
“Auxiliar espontaneamente é refletir a Vida Divina por intermédio da vida de nosso “eu”, que se dilata e engrandece, à proporção que nos desdobramos no impulso de auxiliar.
A Eterna Providência é o reservatório do Amor Infinito, em doação permanente, solicitando canais de expressão que o distribuam.
É necessário, porém, estejamos de atalaia (vigiando) no celeiro de nós mesmos, a fim de que não impeçamos o eterno dar-se de Nosso Pai, dando incessantemente dos bens de que Ele nos enriquece.
Quem observa os princípios da eletricidade não ignora que o fluxo constante da força, para a consecução dos benefícios que ela produz, reclama um circuito completo. Se não houvesse pólos positivos e negativos, não disporíamos do favor da luz e do movimento.
Toda obstrução, por isso mesmo, significa inércia e enfermidade.
A lei do auxílio permite a solicitação, mas determina a expansão para que a ajuda não desajude.
O homem que saiba governar muitos bens reunidos, construindo com eles a base do trabalho e da educação de muitos, é qual represa em lide, no campo social, missionário do progresso que as leis da vida nutrem de esperança e saúde, segurança e alegria;
ao passo que o detentor de numerosos bens, sem qualquer serventia para a comunidade, é um sorvedouro (redemoinho de água) em sombra à margem do caminho, usuário infeliz que as mesmas leis da vida cercam de angústia e medo, solidão e secura.
O amparo que recolhemos corresponde ao amparo que dis- pensamos. E o amparo que dispensamos está invariavelmente seguido de vastos acréscimos potenciais para a hipótese de nos fazermos mais úteis.
Ajudar com o sentimento, com a ideia, com a palavra e com a ação, ajudar a todos e melhorar sempre é invocar, em nosso favor, o apoio integral da vida.
Não nos esqueçamos, pois, de que o auxilio que prestamos às criaturas, sem exigência e sem paga, é a nossa rogativa silenciosa ao Socorro Divino, que nos responde, invariável, com a luz da cooperação e do suprimento.”
Há, em nossa sociedade, o reflexo mental condicionado dos gozos terrestres ao extremo, como única forma de alcançar a felicidade.
Mas, a realidade é que essa busca constante pelo gozo material traz vazio na alma, porque não alimenta o espírito/mente.
O espírito permanece estagnado e fomos feitos para evoluir.
Somente a evolução alimenta o espírito verdadeiramente, afastando a tristeza, o tédio, a angústia, a depressão, etc.
Claro, por óbvio, evidente, que a busca pelo conforto material é legítima e deve ser feita sim.
Afinal, devemos procurar viver com conforto na dimensão em que estamos inseridos.
Porém, não podemos mais viver bovinamente, esquecendo das verdades universais, como a vida eterna e que a matéria é apenas instrumento de nossos espíritos.
Não levaremos nada dessa vida, apenas a nossa evolução mental/espiritual.
Procuremos evitar ostentação (exibição de riquezas, muitas vezes acima da nossa verdadeira condição material).
A vida material complexa entorpece os sentidos, trazendo complicações íntimas que retiram a paz de nosso espíritos.
Devemos aprender a ser felizes em nossa atual condição material. A busca incessante por riqueza nunca tem fim.
O conforto material deve ser almejado e deve ser resultado natural da satisfação profissional e não único meio de felicidade.
I – Para quem atingiu a tranquilidade material, evitemos acumular riquezas materiais inúteis, porque a riqueza nada mais é do que o instrumento que foi colocado em nossas mãos para evolução de nosso espírito e auxílio da sociedade em que estamos inserido.
II – Para quem não tem um conforto material, auxilie como consegue e com aquilo que pode, lembrando que Jesus disse que a viúva, com sua doação modesta, deu mais que todos, porque tirou do pouco que tinha (Marco, 12:41).
Está dito no Evangelho Segundo Espiritismo:
“A riqueza é, sem dúvida, uma prova bastante arriscada, mais perigosa do que a miséria, em virtude das excitações, das tentações que oferece e da fascinação que exerce. É o supremo excitante do orgulho, do egoísmo e da vida sensual; é o laço mais forte que prende o homem à Terra e desvia seus pensamentos do Céu.
Quando Jesus responde ao jovem que o interrogava sobre os meios de alcançar a vida eterna: desfazei-vos de todos os vossos bens e segui-me, não pretendia estabelecer como condição absoluta que cada um deva se desfazer do que possui, e que a salvação só se consegue a esse preço, mas mostrar que o amor possessivo aos bens terrenos é um obstáculo à salvação.
Mas ressalta, que não há condenação da riqueza e da busca pelo conforto material: “Seria também a condenação do trabalho que a pode conquistar. Isto seria um absurdo, uma vez que reconduziria o homem à vida selvagem, e que estaria em contradição com a lei do progresso, que é uma Lei de Deus.”
O que precisamos compreender é:
1º – É inútil e sem sentido acumular riquezas pelo simples prazer de acumular. Nem mesmo a desculpa de que é para os filhos e netos é legítima. Afinal, em essência, são irmãos nossos e laços sanguíneos são segundos na eternidade.
2º – Claro que devemos procurar nosso sucesso profissional, nossa evolução, nosso conforto material e de nossos entes queridos. Mas, evitando uma vida puramente material, com esquecimento de que somos eternos e que desta vida nada levaremos, a não ser a evolução de nossos espíritos.
3º – Vivemos numa sociedade ainda dominada pelo materialismo e pelo pensamento “carpiem die”, porque a grande maioria ainda não despertou, estão dormindo, acreditando que existe apenas uma vida, seguindo os reflexos mentais condicionados que acabam sendo implantados pela própria sociedade que está dormindo (sociedade de consumo). Com isso, as inteligências cruéis, despertas e sabedoras de sua condição, escravizam mentalmente os que vivem bovinamente.
Então, como tarefa de casa desta semana:
Vamos evitar sermos consumistas sem pensar, evitando alimentar pensamentos de riquezas materiais, como sendo o único meio de felicidade, lembrando da importância da caridade e de ser felizes.
*
Mensagem de Encerramento:
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