Seção: Estudo das Obras do Espírito André Luiz

Aula 06 – Livro “Os Mensageiros”

Neste estudo, entenderemos como a Espiritualidade Superior ajuda no desenvolvimento consciencial dos encarnados. Além disso, veremos o que define um Espírito desencarnado permanecer na Crosta Terrestre ou Umbral. Aprenderemos, também, a respeito da “erraticidade espiritual”.

E, por fim, um novo exercício mental:  evitar a raiva, cólera, ira, descontrole emocional.

 

1 – Revisão

1.1    – Umbral e Colônias Espirituais

É a dimensão ao lado da nossa, possuindo regiões mais felizes e menos felizes. Nela estão as regiões mais densas, conhecidas como umbral e as regiões mais sutis, onde estão localizadas as colônias.

Já vimos que os espíritos desencarnados que habitam a quarta dimensão: trabalham, comem, precisam dormir, podem realizar o desdobramento consciente (vão para dimensões mais sutis), fazem reuniões mediúnicas (comunicando com pessoas de dimensões mais sutis), conforme a necessidade podem tomar banho.

  

2 – Umbral ou Crosta Terrestre

Dúvida: o que faz uma pessoa quando desencarna ir para o umbral ou ficar na Crosta da Terra entre os encarnados?

Primeiro, como visto, a dimensão vibracional conhecida como Umbral inicia-se na Crosta Terrestre e vai até alguns quilômetros na atmosfera da Terra. As regiões mais densas ficam perto de nós e as mais sutis afastadas da Crosta.

Como em todos os casos, o que vai determinar o local em que o espírito vai ficar é a sua afinidade vibracional.

Em regra, os espíritos mais acomodados, acostumados com os vícios materiais como bebidas, cigarros, comida, sexo desregrado, drogas em geral, etc, continuam entre os encarnamos para ficar vampirizando as vibrações emitidas (depois veremos o que é o vampirismo).

De outro lado, aqueles espíritos que estão consumidos pelo remorso e pela culpa, ou simplesmente inconscientes, são atraídos para as regiões umbralinas respectivas – dada a afinidade vibracional.

Como, por exemplo, o vale dos suicidas (que é um vilarejo), ou regiões inexploradas, onde existem vilas, pequenas cidades, etc.

Por fim, aqueles que nutrem extremo ódio e raiva em seu interior, são rapidamente localizados pelos espíritos trevosos, que alimentam este sentimento e faz pactos para ajudá-los em vinganças, desde que os ajudem em retribuição, comprometendo a pessoa por muito tempo (em regra, séculos).

Em breve vamos estudar o quem são estas Inteligências cruéis e a importância de conhecê-los.

Há movimentação entre a Crosta terrestre, trevas e umbral?

Sim, porém não se trata de procedimento muito fácil, porque implica na passagem de campos dimensionais.

Assim, a movimentação costuma ser feita com ajuda das inteligências que já dominam estas regiões.

Carnaval: Legiões descem (umbral) e sobem (trevas) para aproveitar nosso momento de descuido.

E as pessoas comuns? Imperfeitas, mas que lutam para melhorar?

3 – A Erraticidade Espiritual

Ciclo de vida que caracteriza a “erraticidade espiritual”.

Texto extraído do livro “Evolução em Dois Mundos (fls. 227/229):

“No plano espiritual imediato à experiência física, as sociedade humanas desencarnadas, em quase dois terços, permanecem naturalmente jungidas, de alguma sorte, aos interesses terrenos”.

“Egressas do próprio mundo em que se lhes tramam os elos da retarguarda, (…), trabalham com ardor, não só pelo próprio adiantamento, como também no auxílio aos que ficaram”.

“Naturalmente as almas que constituem a percentagem a que nos referimos, distanciadas ainda do aprimoramento ideal, procuram aperfeiçoar em si mesmas as qualidades nobres menos desenvolvidas, buscando clima adequado que lhes favoreça o trabalho”.

Aglutinam-se em verdadeiras cidades e vilarejos, com estilos variados, como acontece aos burgos terrestres, característicos da metrópole ou do campo, edificando largos empreendimentos de educação e progresso, em favor de si mesmas e em benefício dos outros”.

“As regiões purgativas ou simplesmente infernais (Trevas, veremos o que é isso) são por elas amparadas, quanto possível, organizando-se aí, sob seu patrocínio, extensa obra assistencial”.

“Com esses dois terços de criaturas ainda ligadas, desse ou daquele modo, aos núcleos terrenos, encontramos um terço de Espíritos relativamente enobrecidos que se transformam em condutores da marcha ascensional dos companheiros, pelos méritos com que se fazem segura instrumentação das esferas superiores”.

Vemos, portanto, que o natural, em nosso estágio evolutivo, é desencarnar e adentrar dimensão vibratória logo após a nossa e nela permanecer, trabalhando, estudando, auxiliando os entes queridos, programando novas encarnações a fim de ajudar na evolução intelectual e moral – ciclo da erraticidade.

Alguns, conforme a sua própria evolução, consegue ascender a esferas vibratórias mais sutis. Saem do ciclo que compõem a erraticidade.

4 – Livro “Os Mensageiros”

O Livro “Os Mensageiros” é o segundo livro de André Luiz e traz o relato sobre a forma que a espiritualidade ajuda no desenvolvimento da consciência espiritual da Humanidade, além de narrar histórias que envolvem as duas dimensões (a nossa e o plano espiritual).

Com o natural desenvolvimento da consciência espiritual dos homens encarnados, o contato com a dimensão vibracional “plano espiritual” aumenta gradativamente.

O mentor de André Luiz explica: “A mente humana abre-se, cada vez mais, para o contato com as expressões invisíveis, dentro das quais funciona e se movimenta”.

Ocorre que o homem, por estar ainda no início do desenvolvimento mental (moral e intelectual), pouco conhece a respeito de diversas leis que regem o próprio Planeta, ignorando a existência de forças da natureza, como as vibrações mentais dos encarnados e desencarnados.

Nesse sentido, o mentor de André Luiz adverte que: “A esmagadora percentagem de habitantes da terra não se preparou para os atuais acontecimentos evolutivos. E os mais angustiosos conflitos se verificam no sendal (caminho) humano. A Ciência progride vertiginosamente no planeta, e, no entanto, à medida que se suprimem sofrimentos do corpo, multiplicam-se aflições da alma”.

Assim, com a evolução natural do planeta temos a aproximação psíquica dos encarnados e desencarnados, sem que todos os encarnados estejam preparados para esta sintonia vibracional mais intensa.

Leia-se mente fraca, pouco exercitada e falta de conhecimento e de amor.

Resultado: escravidão de grande parte da humanidade pelos espíritos desencarnados, que nos dirige  (vícios e destinos).

É de interesse destas inteligências que permaneçamos distraídos, inconscientes, entregues aos pensamentos destrutivos e vícios degradantes.

Porque assim, a própria humanidade entrega a matéria prima que estes espíritos precisam para manter seus objetivos: formas pensamentos destrutivas, vibrações mentais densas.

Pela afinidade vibracional de nosso estágio evolutivo, os desencarnados que estão em sintonia com a maioria dos encarnados são aqueles que: ou estão perdidos no caminho do mal propriamente dito (inteligências cruéis) ou estão doentes mentalmente (vícios de todas as espécies, remorsos, culpa, etc).

Tal fato está claro na seguinte passagem “A Humanidade terrena aproxima-se, dia a dia, da esfera de vibrações dos invisíveis de condição inferior, que a rodeia em todos os sentidos”.

O mentor de André Luiz ressalta que, por óbvio, o desejo era de que todos os homens encarnados fossem influenciados apenas por espíritos superiores. Mas que é natural na atual escalada evolutiva estar rodeados de espíritos imperfeitos e é impossível impedir sua influência. Até porque, nós somos estes espírito imperfeitos em outra dimensão.

Assim, com a evolução dos homens encarnados, há a evolução dos desencarnados (eles são nós).

Por esta razão, a espiritualidade superior prepara médiuns e doutrinadores para, quando encarnados, ajudem na divulgação e propagação da consciência espiritual.

No início do livro “Os Mensageiros”, André Luiz começa a trabalhar no Ministério da Comunicação, responsável pela formação dos médiuns e doutrinadores que vão encarnar e também para atender aqueles que reencarnaram e não cumpriram a suas missões.

Isso porque é muito comum a pessoa, enquanto desencarnada, programar sua vida, mas sucumbir quando no mundo material. Afinal, possuímos livre arbítrio.

“Heróis na promessa”.

Ocorre que aqueles que saem das colônias com uma programação de trabalho e não executa suas tarefas, naturalmente sofre os efeitos de seu fracasso, por culpa, remorso, ou mesmo fisiológico (o perispírito do médium que fracassou carrega as feridas das lesões realizadas no corpo físico, porque estas estão presentes em sua memória).

Hoje, para dar início ao segundo livro de André Luiz, “Os Mensageiros”, memorizemos que o desenvolvimento da consciência espiritual faz com que a população de espíritos encarnados (nós) passe a aceitar a existência de outra dimensão habitada por pessoas desencarnados, ajudando na ascensão consciencial.

E que a própria espiritualidade superior prepara trabalhadores para ajudar na evolução desta consciência espiritual.

5 – Tarefa de Casa

A tarefa de casa é composta por exercícios mentais e práticas edificantes que visam despertar nossa atenção para a necessidade de alterar nossos hábitos, ajudando em uma efetiva reforma íntima.

Sublimando nossos hábitos, alteramos a frequência de nossa vibração mental e elevamos nosso grau de consciência.

Até agora, os exercícios mentais e as práticas edificantes que sugerimos para fazer durante a semana são:

1º – Afastar todo e qualquer pensamento não edificante (ver aula 01 e 02 no link “Exercícios mentais”).

2º – Sempre que passar por alguém emitir bons pensamentos (ver aula 03 e 04 no link “Exercícios mentais”).

3º – Meditar por CINCO minutos, ao menos três vezes na semana. Preferencialmente, meditar todos os dias por cinco minutos. Preferencialmente, orar antes. Preferencialmente, antes de dormir (principalmente para quem tem insônia).

Hoje aprenderemos:

“EVITAR A IRA, COLERA, RAIVA”

“A criatura enfurecida é um dínamo (máquina de energia) em descontrole”. André Luiz.

Lembremos as primeiras lições de André Luiz no livro “Mecanismos da Mediunidade”, p. 49: “Imaginemo-lo (o espírito) como sendo um dínamo gerador, indutor, transformador e coletor, ao mesmo tempo, com capacidade para assimilar correntes contínuas de força e exteriorizá-las simultâneamente”.

Agora imaginem esse dínamo, nossa mente, no estado de cólera, raiva, ira, descontrole…

Livro “Entre a Terra e o Céu”:

“O súbito desequilíbrio de nossas energias estabelece os mais altos prejuízos à nossa vida, porque os pensamentos desvairados, em se interiorizando, provocam a temporária cegueira de nossa mente, arrojando-a em sensações de remoto pretérito, nas quais como que descemos quase sem perceber a infelizes experiências da animalidade inferior”.

Além de acessarmos os estímulos mentais da nossa animalidade inferior. Existe um fator a mais:

Quando entramos em total desequilíbrio de nossas faculdades mentais, as vibrações mentais (animalidade inferior) emitidas entram com extremo grau de agitação na atmosfera, atraindo rapidamente a espécie de vibração mental similar e, com as vibrações, espíritos desencarnados que estão na mesma sintonia.

E, se estamos em estado de cólera, adivinhe a espécie de espírito atraído.

Assim, podemos ter a seguinte certeza: Se o descontrole, briga, discussão não começou por influência de espíritos, com certeza continuará sendo influenciada por espíritos que foram atraídos pela emissão de vibrações das pessoas envolvidas.

É isso que está dito de modo um pouco mais difícil na seguinte lição de Andre Luiz:

“Correntes Mentais Destrutivas – Os referidos estados de tensão (mente conturbada), devidos a ‘núcleos de força na psicosfera pessoal’, procedem, quase sempre, à feição das nuvens pacíficas repentinamente transformadas pelas cargas anormais de ‘elétrons livres’ em máquinas indutoras, atraindo os campos elétricos com que se fazem instrumentos da tempestade” (Mecanismos da Mediunidade, fl. 113).

E a explicação de André Luiz continua para não deixar dúvidas:

“Acumulando em si mesma as forças autogeradoras em processo de profundo desequilíbrio, a alma exterioriza forças mentais desajustadas e destrutivas, pelas quais atraí as forças do mesmo teor, caindo frequentemente em cegueira obsessiva”.

Assim, a pessoa em estado de descontrole mental (ira, cólera, “perda da razão”), entrando em sintonia com os espíritos afins, passa a absorver as vibrações também emitidas por estes espíritos, agravando o descontrole em que se encontra, entrando em “cegueira obsessiva”.

Importante entender: quando atraídos espíritos em sintonia com sua emissão de vibrações baixas, você não apenas absolve os fluídos emitidos por este(s) espírito(s).

Em regra, ou já está ou passará a estar numa espécie de obsessão.

Assim, os atos passarão a ser sugeridos/ditados por estes espíritos.

“Nessa posição, emitem ondas mentais perturbadas, pelas quais se ajustam a Inteligências perturbadas do mesmo sentido, arrojando-se a lamentáveis estações de aviltamento, em ocorrências deploráveis de obsessão. (Mecanismos da Mediunidade, p. 114).

É natural, quando em descontrole emocional, em estado de cólera e ira, pronunciarmos palavras carregadas destas vibrações.

“A palavra, qualquer que ela seja, surge invariavelmente dotada de energias elétricas específicas, libertando raios de natureza dinâmica. A mente, como não ignoramos, é incessante gerador de força, através dos fios positivos e negativos do sentimento e do pensamento, produzindo o verbo que é sempre uma descarga electromagnética, regulada pela voz” (Entre a Terra e o Céu, p. 177).

Então, a partir de hoje, todos nós sabemos o que acontece quando ficamos com raiva, descontrole emocional, cólera, etc.

Este é o quarto exercício mental proposto:

“EVITAR  A RAIVA E IRA”

Por enquanto:

1º – Afastar todo e qualquer pensamento não edificante.

2º – Sempre que passar por alguém emitir bons pensamentos. Lembrando que o segundo exercício mental propõem que nós enviemos boas vibrações para pessoas na rua, ambiente familiar, ambiente de trabalho, pessoas que nós não possuímos afinidade.

3º – Meditar por CINCO minutos, ao menos três vezes na semana. Preferencialmente, meditar todos os dias por cinco minutos. Preferencialmente, orar antes. Preferencialmente, antes de dormir (principalmente para quem tem insônia).

4º – Evitar o descontrole emocional (raiva, cólera, ira, etc).

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4 Comentários

João 9 { 21 de agosto de 2014 às 22:17 }

Que edificante tais aprendizados inseridos no estudo. Estou uma fase de descoberta das faculdades mediunicas e ler textos de orientação que edificam nosso ser é muito bom.
Grande abraço .

Mineia Carvalho { 8 de junho de 2015 às 16:00 }

Gostei muito da aula, porém para mim que estou nessa luta de reforma íntima (batalha cruel), adoraria saber COMO, e não o que tenho que fazer. Como enviar pensamentos positivos para quem temos antipatias ou nos ofende? Como meditar? Como evitar o descontrole, frente a situações encoleirantes? Fácil falar, difícil executar.

Breno Costa { 9 de junho de 2015 às 11:00 }

Olá Mineia, os exercícios mentais é para isso mesmo.
Inclusive explica como fazer (no caso da meditação e paciência).
Inicie a longa jornada dando o primeiro passo.
No caso de enviar positivos para quem temos antipatias, faça uma oração, rogando luz e amor para ela.
Claro que é difícil, mas se não começarmos a tentar fazer, nunca conseguiremos.
Abraços,

Mineia Carvalho { 10 de junho de 2015 às 10:16 }

Obrigada Breno. Fique com Deus e muita luz. Vou continuar estudando suas aulas, que são muito claras e objetivas. Obrigada mais uma vez por compartilhar esse conteúdo.

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