Devotar-nos-emos aos familiares e amigos queridos; no entanto, há que observar sempre o ponto exato em que seremos levados pelas circunstâncias da vida a facear problemas e lutas intransferíveis.
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Quem não precisará de escora afetiva, quando o próprio Cristo, na travessia dos empeços terrestres, não dispensou o auxílio dos companheiros de apostolado?
Não será lícito esquecer a nossa própria necessidade de afeto; todavia, vejamos ainda em Jesus a lição do testemunho pessoal nas horas difíceis.
Por mais admiradores tivesse, nenhum deles lhe tomou o lugar nas crises supremas.
Assim também nós.
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Os entes amados incentivar-nos-ão, no desempenho dos deveres que nos competem, mas não conseguirão cumpri-los por nós.
O professor prepara o aluno; entretanto, não lhe viverá, de futuro, os percalços da profissão.
Os próprios pais, por mais se ofereçam em holocausto pela felicidade dos filhos, não logram arredá-los das experiências a que se destinam, atendendo a causas variadas nas atividades de agora e daquelas outras que remanescem de passadas reencarnações.
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Amemos nossos familiares e amigos, no entanto, sem exigir venham um dia a fazer o trabalho que nos cabe realizar.
Todos eles serão provavelmente criaturas admiráveis no entendimento e na virtude, mas não nos conhecem as lutas mais íntimas, tanto quanto de nossa parte não conhecemos as deles.
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Auxiliemo-nos mutuamente, aceitando-lhes o concurso, sabendo, porém, poupá-los aos sofrimentos inúteis de viver nos obstáculos que nos digam respeito. Isso porque as afeições nos ajudam, na parte visível de nossas dificuldades; entretanto, urge reconhecer que não são capazes de solucionar por nós os problemas profundos que carregamos na intimidade indevassável do coração, onde estamos absolutamente insulados, entregues à nossa própria consciência e ao juízo de Deus.
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