Introdução ao Estudo sobre Desencarnação
Duplo Etérico – Cordão de Prata
I – Revisão
Estudamos que a mente vibra incessantemente ao mesmo tempo em que recebe vibrações e, por meio dessas vibrações, há atrito com a atmosfera que está em seu entorno, o que dá origem ao envoltório mais sutil que envolve o espírito, o chamado “corpo mental” ou “campo mental”.
Este campo ou corpo mental, feito do fluído cósmico universal (matéria) do plano de existência em que está o espírito, modela e dá origem ao corpo espiritual (perispírito ou veículo físico daquela dimensão). Assim temos:
Mente -> corpo mental -> corpo espiritual
Vimos que, para ingressar em nossa dimensão vibratória e nela permanecer continuamente, por ser constituída de matéria densa (ondas vibratórias mais alongadas), é necessária a elaboração do corpo físico. Assim temos:
Mente -> corpo mental -> corpo espiritual -> corpo físico.
Hoje vamos estudar o chamado “duplo etérico”.
II – Duplo Etérico
Enquanto encarnados, há a formação de um corpo da nossa dimensão, acoplado tanto ao corpo físico quanto ao perispiritual e no qual existe a energia vital (indispensável à vida orgânica permanente), que é uma variação da matéria cósmica primitiva (ou fluido cósmico universal), formada pelas emanações e recepções vitalizantes existentes na atmosfera.
Este corpo é o chamado “duplo etérico”.
Assim explica André Luiz:
“Com o auxílio do supervisor, o médium foi convenientemente exteriorizado (desdobramento). A princípio, seu perispírito ou «corpo astral» estava revestido com os eflúvios vitais que asseguram o equilíbrio entre a alma e o corpo de carne, conhecidos aqueles, em seu conjunto, como sendo o «duplo etérico», formado por emanações neuropsíquicas que pertencem ao campo fisiológico e que, por isso mesmo, não conseguem maior afastamento da organização terrestre, destinando-se à desintegração, tanto quanto ocorre ao instrumento carnal, por ocasião da morte renovadora.” (Nos Domínios da Mediunidade, p. 98, edição 28ª).
Pois bem, o perispírito é o nosso veículo físico na dimensão vibratória a que chamamos de “Mundo Espiritual” e, para encarnamos nesta matéria densa, ele, que sofre influência direta do corpo mental/mente, molda o corpo físico.
Ocorre que, enquanto encarnados, nós absorvemos o princípio vital.
Conforme ensina o Livro dos Espíritos, a causa da animalização (vida orgânica, vitalização) da matéria densa é o princípio vital.
Ou seja, o espírito consegue animar um corpo físico nesta dimensão vibratória graças ao princípio vital que dele está impregnado.
Vejamos as questões 65 e 66:
Pergunta 65: O princípio vital reside em alguns dos corpos que conhecemos?
Resposta: Ele tem sua fonte no fluído universal; é o que chamais de fluído magnético ou fluído elétrico animalizado. É o intermediário, o elo entre o Espírito e a Matéria.
Pergunta 66: O princípio vital é o mesmo para todos os seres orgânicos?
Resposta: Sim, modificado segundo as espécies. É ele que lhe dá o movimento e atividade, e os distingue da matéria inerte, pois o movimento da matéria não é a vida. Ela recebe movimento, não o dá.
E Allan Kardec explica: “O princípio vital é a força motriz dos corpos orgânicos”.
Assim, temos o corpo espiritual como corpo da dimensão vibratória conhecida como “Mundo Espiritual”; temos o corpo físico, como veículo usado por nós nesta dimensão vibratória; e temos o princípio vital como elo entre o Espírito (com seu perispírito) e a Matéria (com seu corpo físico).
Emmanuel, assim explica:
“O princípio vital é o agente entre o corpo espiritual, fonte da energia e da vontade, e a matéria passiva, inerente às faculdades superiores do Espírito, que o adapta segundo as forças cósmicas que constituem as leis físicas de cada plano de existência, proporcionando essa adaptação às suas necessidades intrínsecas.” (Livro Emmanuel, p. 132, 22ª edição).
Assim, o chamado “duplo etérico” é o “corpo” formado por nossas energias vitais e pelo princípio vital situado entre o perispírito e o corpo físico.
Importante ressaltar que se faz essa diferenciação somente para estudo. Em vida, todos estes “corpos” estão entrelaçados entre si, sendo que os espíritos superiores conseguem notá-los pela densidade e diferenciação vibratória, mas não estão separados, estão entrelaçados, superpostos uns aos outros, como as camadas de uma cebola. Neste exato momento, você é, ao mesmo tempo, o Espírito (ser em si), campo mental, corpo espiritual, duplo etérico e corpo físico.
Então, agora temos:
Mente –> Corpo mental –> corpo espiritual (períspirito/psicossoma/corpo atral) –> duplo etérico –> corpo físico.
III – Cordão de Prata
O cordão de prata é o nome dado para a ligação fluídica existente entre o corpo espiritual e o corpo físico.
Quando há o desdobramento, ou seja, quando a pessoa consegue projetar-se para fora do corpo físico (fenômeno comum durante o sono), mantem-se a ligação por meio do cordão de prata, também chamado de cordão fluídico.
Esta ligação somente se rompe quando ocorre a desencarnação.
Como veremos, o cordão de prata exerce importante função para equilíbrio da pessoa após o falecimento do corpo físico.
IV – Desencarnação
Para entendermos um pouco sobre o processo de desencarnação, vamos acompanhar os casos de Dimas, Fábio, Albina, Adelaide e Cavalcante.
André Luiz, no livro Obreiros da Vida Eterna, narra o socorro espiritual que essas cinco pessoas receberam nos momentos finais da vida nesta dimensão.
Analisando esses casos, teremos uma boa compreensão sobre a desencarnação.
Primeiro, antes, precisamos frisar o que é óbvio na doutrina espírita, mas que dificilmente aceitamos na prática: NÃO EXISTE morte, existe apenas vida, o que há são planos de existência diferentes, separados por composições vibratórias diferenciadas, frequentemente imbricadas entre si.
A ciência já está iniciando o estudo a respeito como dimensões paralelas, como, por exemplo, a Teoria das Cordas.
Lembremos o que foi dito por André Luiz:
“Não somos duas raças antagônicas ou dois grandes exércitos, rigorosamente separados através das linhas da vida e da morte, e, sim, a grande e infinita comunidade dos vivos, tão somente diferenciados uns dos outros pelos impositivos de vibração.” (Missionários da Luz, p. 89, 25ª edição).
Assim, desencarnar é sair do corpo físico, voltando para a dimensão vibratória dita como principal e que conhecemos como “Mundo Espiritual”. Ninguém morre, apenas viaja antes de nós entre as dimensões chamadas “material” e “espiritual”.
E veremos a extrema importância de evoluirmos a nossa consciência para entendermos e aceitarmos este fato, alterando a forma como encaramos o falecimento do corpo físico.
Isso porque as pessoas que habitam o Mundo Espiritual sabem como proceder e ajudar quando da reencarnação. Porém, nós, não sabemos como proceder e como ajudar aqueles que partem antes de nós. Em verdade, prejudicamos seu estado, sua saúde, dificultando sua adaptação à nova vida que se inicia/retoma. Precisamos mudar e só vamos mudar estudando e aplicando o conhecimento adquirido.
V – Exercícios Mentais e Práticas Edificantes
Estes exercícios mentais e práticas edificantes visam despertar nossa atenção para a necessidade de alterar nossos hábitos, ajudando em uma efetiva reforma íntima.
Até agora, os exercícios mentais e as práticas edificantes que sugerimos para todos fazermos durante a semana são:
1 – Afastar todo e qualquer pensamento não edificante durante o dia a dia;
1.1 – Evitar “perder a razão” (estado de cólera, raiva);
1.2 – Indignar-se com serenidade e razoabilidade;
1.3 – Exercitar a indulgência (capacidade de compreender e não divulgar defeitos alheios);
1.4 – Não se queixar da vida, evitar reclamações diárias e negativismos/evitar pessimismo;
1.5 – Não criticar o próximo, não julgar;
1.6 – Não se ofender (compreender o outro);
2 – Sempre que passar por alguém emitir bons pensamentos (principalmente para pessoas claramente necessitadas);
2.1 – Fazer pequenas gentilezas a quem está próximo;
2.2 – Participar de algum programa de caridade;
2.3 – Cultivar o otimismo sempre;
2.4 – Cultivar a tolerância com as diferenças e erros alheios;
3 – meditar cinco minutos por dia, ao menos três vezes na semana, preferencialmente antes de orar e preferencialmente antes de dormir;
4 – Leitura diária de mensagens curtas e edificantes, de preferência quando acordar e antes de dormir, de preferência antes de meditar/orar;
5 – Fazer Evangelho no Lar uma vez na semana;
6 – Perseverar;
7 – Estabelecer um hábito angular (hábito novo em sua vida, como deixar de ingerir alcoólicos, iniciar prática de exercícios, largar o cigarro, etc) e exercitar ao máximo o autocontrole dos atos cotidianos;
8 – Ser discreto (adotar a discrição sobre nossas vidas particulares);
9 – analisar criticamente os estímulos recebidos, seja de nosso inconsciente, seja de espíritos.
Exercício mental e prática edificante de hoje: zelar pela saúde do corpo físico.
Isso significa adotar alimentação saudável e exercícios físicos regulares.
Saber se controlar e alimentar-se corretamente faz parte da disciplina mental que é necessária para o desenvolvimento de nosso espírito.
Como sabemos, em esferas superiores da dimensão vibratória conhecida como “mundo espiritual”, a alimentação é depurada, assumindo a característica principal de nutrição.
Seja qual for o exagero praticado por nós, reflete desequilíbrio mental. Isso na bebida, nas drogas, no sexo e também na alimentação, como em qualquer outra coisa (dormir muito, ficar muito tempo acordado, fazer exercícios em excesso, etc).
É necessário saber se alimentar de forma equilibrada.
Como estudamos, cada célula de nosso corpo físico e espiritual é um ser vivo (consciência em potencial) sob nossa responsabilidade.
Alimentar-se erradamente implica em desequilíbrio mental e suicídio inconsciente, porque destrói a durabilidade do corpo físico, afetando, naturalmente, o corpo espiritual porque a mente trará o registro desse erro, refletindo no campo mental e no perispírito.
Da mesma forma, exercitar-se regularmente é obrigação que possuímos para manter a saúde do corpo físico.
O corpo físico é máquina emprestada para nós e possuímos o dever de mantê-la em bom estado, ou seja, com saúde.
O corpo físico nos oferta a possibilidade de evoluirmos mentalmente, ou seja, moral e intelectualmente.
André Luiz afirma:
“No que se refere à alimentação, é importante recordar a afirmativa dos antigos romanos: ‘há homens que cavam a sepultura com a própria boca’” (Mensagem “Questões a Meditar”, livro Sinal Verde).
Até porque, mesmo fisiologicamente, a alimentação correta e a prática de exercícios regulares liberam hormônios benéficos para a saúde mental, ajudando inclusive no tratamento de estados mórbidos da mente, como depressão, tristeza e outros estados psicopatológicos.
A corrida regular, por exemplo, libera a serotonina que tem efeito sedativo e calmante, além da endorfina que provoca bem estar.
Logo, a prática de exercícios físicos regulares funciona como catalisador de bem estar da mente, auxiliando, portanto, na manutenção de bem estar e, consequentemente, do padrão vibratório.
Então, a partir de hoje, vamos encarar a disciplinar alimentar e física como uma natural necessidade de evolução do espírito e como fonte de equilíbrio de nossa saúde mental!
Mensagem de encerramento:
12 Comentários
Breno, parabéns pelo post.
Já repassei o site para o pessoal do curso da doutrina no grupo espírita que frequente. O instrutor inclusive gostou muito!
Abraço e que Deus te abençoe!
Olá Raphael, fico feliz que tenha gostado e ainda ajudado na divulgação do site!
Continue acompanhando! Semana que vem vamos iniciar o estudo aprofundado sobre a desencarnação, será muito interessante.
Abraços,
Breno.
Breno,
Parabéns pelo site e pelos posts!
São textos de ótima qualidade e demonstram grande conhecimento e pesquisa.
Abraço fraterno,
Patrícia
Olá Patrícia, obrigado pelo elogio e fico feliz que tenha gostado.
Continue acompanhando, vamos aprofundar os estudos sobre a desencarnação!
Abraços!
Breno.
Obrigado achei muito interessante as informações são muito esclarecedoras
Eu tambem adorei, muito bem explicado e qualquer um pode entender e os videos muito bons por sinall,.
Que bom que gostou Marcos!
Continue acompanhando, amanhã teremos novo conteúdo!
Abraços,
Breno.
otimas estas licoes
Adorei muito esclarecedor amo cada dia mais essa doutrina que tem mudado minha vida
Quanto tempo leva p q o duplo etérico se dissolva totalmente?
Olá Marcia.
O fluídos vitais que compõem o duplo etérico são parcialmente absorvidos pelo espírito desencarnante.
O tempo? Esse depende da evolução do Espírito. Quanto mais evoluídos, menos precisa deste fluído vital e mais rapidamente se desliga, o restante é dissipado na atmosfera por amigos espirituais.
Em média dura 72 horas. Por isso, recomenda-se a cremação apenas 72 horas depois.
Abraços,
Completando, após o desencarne?
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