Artigo por Orson Peter Carrara – [email protected]
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Ele nasceu na data que dá título à presente abordagem. Sim, Pedro Leopoldo (MG) foi seu berço natal no distante 1910. De infância pobre e sofrida, órfão de mãe em tenra idade, sua vida foi de lutas, mas deixou um legado inestimável para a cultura e a evolução humanas.
Como é de conhecimento geral, a produção psicográfica de Chico Xavier foi intensa. Centenas de livros publicados por diferentes editoras, milhares de páginas recebidas de centenas de espíritos. Muitos desses livros foram traduzidos para outros idiomas, muitos textos compactos em mensagens objetivas e práticas, rápidas de ler, se transformaram nesses volantes avulsos impressos e distribuídos gratuitamente por todo o país e exterior. A vida de Chico, seus exemplos e casos de intensa sensibilidade e ensinos para a mente popular, se transformou em peças de teatro, foi motivo de filmes para o cinema, com grande sucesso. Mas não é só.
Várias pessoas se debruçaram sobre seus dados biográficos, sobre os casos que viveu com os exemplos de humildade e solidariedade estendida a qualquer pessoa que o procurava, e transformaram esses casos e exemplos em motivação para outras obras que trazem a experiência da convivência com o médium. Muitas pessoas que conviveram com Chico publicaram livros sobre essa personalidade incomparável.
O que não dizer das cartas psicografadas, também muitas delas transformadas em obras de conforto para entes queridos separados pelo fenômeno biológico da morte física?
Mas a obra de Chico não se restringe, porém, a apenas obras de conforto e consolo. Há que se destacar também a produção literária de caráter científico produzidas pela mediunidade exemplar de Chico Xavier. Cite-se algumas obras específicas do Espírito Emmanuel e praticamente toda a obra produzida pelo Espírito André Luiz. E isso sem contar com o perfil da recepção de versos e poesias de personalidades marcantes da cultura brasileira e portuguesa. O que não impediu também a recepção de textos em outros idiomas, muitas vezes com as duas mãos, simultaneamente, e em algumas ocasiões com a mão esquerda escrevendo de trás para frente.
É realmente uma vida fenomenal, diferente, marcante! Uma vida que influenciou muitas outras vidas. Mais pelo exemplo que pelo fenômeno, ressalte-se. Seu perfil moral enquadra-se perfeitamente nas qualidades elencadas por Allan Kardec em O Evangelho Segundo o Espiritismo com o subtítulo O Homem de Bem, constante do capítulo XVII, item 3, que indicamos ao leitor a título de reflexão para comparação sobre a conduta de Chico e as qualidades ali elencadas pelo Codificador do Espiritismo.
Mas ainda não é só. Chico foi indicado para o Prêmio Nobel da Paz, foi eleito O Maior Brasileiro de todos os tempos, em promoção pela rede de TV SBT, em 2012. Foi protagonista do famoso programa de TV, Pinga Fogo, da extinta TV TUPI, na década de 70, com grandes picos de audiência que o tornaram ainda mais conhecido e respeitado.
Vários foram os programas de TV que exibiram reportagens sobre sua vida, seu legado, suas lutas e seus exemplos, muitos deles entrevistando-o diretamente, com enorme repercussão na mídia. Chico também recebeu vários de títulos de Cidadania, de mais de um centena de cidades brasileiras. Um Memorial foi construído em Uberaba (MG) para preservar sua memória e muitos eventos pelo país todo homenageiam seu nome querido.
Soma-se a tudo isso, ainda, o título de Maior Brasileiro da História, em votação popular pela revista Época, em 2006, e eleito também o Mineiro do Século XX, em votação promovida pela TV Globo Minas, em 2000. Além da Comenda Paz, outorgada pelo Governo de Minas Gerais, em 1999. Isso sem dizer das inúmeras personalidades famosas que igualmente o procuravam, de artistas a políticos e cientistas internacionais.
E ele, muitas vezes centro das atenções e de disputas – inclusive jurídicas, permaneceu intocável na moralidade e na humildade. Perfilou sua vida com exemplos de simplicidade e modéstia, deixando um legado exemplar de conduta moral inquestionável. Seja pelo desprendimento – tudo que lhe chegava às mãos como manifestação de gratidão ele repassava para os necessitados que o buscavam – ou pela humildade que o caracterizou durante toda a vida.
Sua fidelidade ao Cristo emociona, sensibiliza, toca o coração!
Não há como não se emocionar diante de sua figura simples, frágil, mas saturada de bondade e compreensão. É o que mais lhe marca a personalidade. Apesar de sua sabedoria e grandeza, não demonstra isso em nenhum gestou ou atitude. Vive simplesmente o amor.
Não é por acaso que foi chamado o Homem Amor. Nossa homenagem, pois, de gratidão, à sua data natalícia: 02 de abril…
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