I – Revisão
Vimos que André Luiz e Hilário estão estagiando numa instituição localizada nas regiões densas da dimensão “mundo espiritual”.
Nesta instituição, receberam diversas lições sobre a lei de ação e reação, conhecida também como lei do carma.
Verificamos que resgatados os débitos da vida passada, em regra, buscaremos resgatar débitos de outras vidas do pretérito, até que atinjamos o nível de sublimação da mente suficiente para ascender às dimensões mais sutis do “mundo espiritual”.
Semana passada analisamos a fase que alguns estão atingindo de estabilidade cármica, ou seja, passar a vida física atual sem cometer erros graves e ainda resgatando débitos de outras vidas e diminuindo vícios externos da mente.
Entendemos, também, que existem organizações e escolas destinadas a ensinar técnicas de obsessão para os espíritos vingativos.
Nestas escolas é ensinado que todos nós temos reflexos condicionados cristalizados na mente, ou seja, todos possuímos pensamentos dominantes em nosso íntimo. Da mesma forma que no espírito evoluído este pensamento é de luz, na pessoa violenta é de agressão, no avarento de avareza, no viciado em sexo de pornografia e assim sucessivamente.
Diagnosticada a diretriz maior de nossos pensamentos, de cunho inferior, espíritos maléficos passam a estimular, sugerir persistentemente e superalimentar o nosso desvario mental, inclusive com a aproximação de espíritos doentes que alimentem os mesmos anseios, ou seja, comungam com este tipo de pensamento, alocando-os em nossa esfera mental para que recebamos diuturnamente tais estímulos inferiores.
Terminamos os estudos com a história de vida de Silas e Druso. Hoje veremos vários casos de resgaste, para fixarmos bem como funciona a lei de ação e reação.
II – Débito Expirante
Foram até um hospital, em local destinado a atender indigentes.
Foram recebidos por diversos trabalhadores do plano extrafísico.
O assistente do local, informou Silas de que Leo estava no fim de suas resistências.
Leo estava prestes a desencarnar em razão da tuberculose.
Apesar da doença, Leo mostrava tranquilo e resignação.
Mesmo sofrendo muito com a doença que castigava o corpo físico, Leo mantinha-se sereno, a ponto de quase perceber a presença do grupo de André Luiz.
André Luiz iniciou conversa mental com Leo, que respondia crendo estar conversando com os próprios pensamentos.
Afirmou saber que a desencarnação estava próxima e que nada temia.
Leo afirmava que se Jesus suportou graves chagas mesmo sem merecê-las, logo, ele não poderia reclamar das dificuldades que passava, afinal, era ainda um espírito pecador.
Leo era católico.
A vida de Leo:
– pais desencarnaram cedo;
– seu irmão, em razão de seu estado de saúde frágil, tornou-se seu tutor;
– seu irmão transformou-se em verdugo cruel;
– tomou-lhe todos os bens e o internou num hospício;
– sofria pelo desequilíbrio mental que possuía desde criança;
– quando mais equilibrado, conseguiu deixar o hospício;
– o irmão não o deixou voltar para casa;
– desesperado e sem rumo, conseguiu emprego de vigia;
– no frio das noites seguidas, desenvolveu a grave doença;
– Leo afirmou não guardar magoas do irmão, afinal, se Jesus, crucificado rogava proteção aos agressores, como ele poderia julgar o irmão?
A reencarnação de Leo foi tutela pela Mansão.
Silas explica que após o estudo teórico na Mansão, o espírito necessita reencarnar para exercitar a prática.
Na vida passada, Leo foi herdeiro de grande fortuna e possuía irmão com problemas mentais. Para assumir controle de toda a herança, rapidamente afastou o irmão.
Gostava de oferecer grandes festas em sua bela casa, possuindo enorme vergonha do irmão, o qual era proibido de participar.
Mas como o irmão não atendia aos pedidos, em razão de seus problemas mentais, Leo providenciou espécie de cadeia no fundo da casa, onde aprisionava o irmão.
Após gastar parte de sua fortuna, passou a desejar a morte do irmão para ficar com sua herança. Porém, o irmão possuía ótima saúde, sofrendo apenas de bronquite.
Buscando abreviar a vida do irmão, Leo determinou que o irmão fosse deixado ao relento durante as noites.
Mas o irmão resistia.
A fortuna do irmão era administrada por amigos da família, conforme desejo do pai.
Sem mais poder esperar, liberou dois escravos para fuga e enterrou uma adaga no coração do irmão.
A culpa caiu sob os escravos fujões e, assim, Leo assumiu a fortuna do irmão.
O irmão assassinado, demonstrando superioridade moral, perdoou as ofensas e não quis vingança.
Mas o remorso passou a atormentar Leo e ele tornou-se refém de espíritos inferiores.
Após vagar muitos anos desencarnado sob faixas densas do plano espiritual, foi socorrido pela Mansão e, recuperado, buscava o resgate necessário.
Explicação de como a dívida é resgatada.
“Quando nossas dores não geram novas dores e nossa aflição não cria aflições naqueles nos rodeiam, nossa dívida está em processo de encerramento”.
Leo adormeceu e aguardavam a presença de espíritos com legitimidade para fazer o desligamento.
III – Algumas questões sobre o Sexo, Gravidez e Aborto
Após o socorro realizado, Silas passou a explicar algumas questões sobre o sexo em nosso estágio de evolução.
“(…) enquadrando-o na esfera das concessões divinas que nos cabe movimentar com respeito e rendimento na produção do bem”. (…). O sexo no corpo humano é assim como um altar de amor puro que não podemos relegar à imundice sob pena de praticar as mais espantosas crueldades mentais, cujos efeitos nos seguem, invariáveis, depois do túmulo…” (p. 261).
E ressalta (p. 264):
“(…) Na perseguição ao prazer dos sentidos, costumamos armar as piores ciladas aos corações incautos (ingênuos) que nos ouvem… (…). Esses abusos são responsáveis não apenas por largos tormentos nas regiões infernais, mas também por muitas moléstias e monstruosidades que ensobram a vida terrestre, porquanto os delinquentes do sexo, que operaram o homicídio, o infanticídio, a loucura, o suicídio, a falência e o esmagamento dos outros, voltam à carne, sob o impacto das vibrações desequilibrantes que puseram em ação contra si próprios, e são, muitas vezes, vítimas da mutilação congênita, da alienação mental, da paralisia, da senilidade precoce, da obsessão enquistada, do câncer infantil…”
Silas explica que é natural o espírito permanecer séculos em determinado sexo.
Isso ocorre porque a pessoa se enxerga desta forma, logo seu corpo mental modula seu corpo espiritual como homem (ou mulher), determinando o sexo do corpo físico.
Mas quem abusa do outro sexo, nasce nele para aprender a valorizá-lo. Vejamos (p. 266):
“(…), em muitas ocasiões, quando o homem tiraniza a mulher, furtando-lhe os direitos e cometendo abusos, em nome de sua pretensa superioridade, desorganiza-se ele próprio a tal ponto que, inconsciente e desequilibrado, é conduzido pelos agentes da Lei Divina a renascimento doloroso, em corpo feminino, para que, no extremo desconforto íntimo, aprenda a venerar a mulher como sua irmã e companheira, filha e mãe, diante de Deus, ocorrendo idêntica situação à mulher criminosa que, depois de arrastar o homem à devassidão e à delinquência, cria para si mesma terrível alienação mental para além do sepulcro, requisitando, quase sempre, a internação em corpo masculino, a fim de que, nas teias do infortúnio de sua emotividade, saiba edificar no seu ser o respeito que deve ao homem, perante o Senhor.”
Aproveitando o assunto, Hilário pergunta a respeito dos casais que evitam ter filhos. Vejamos (p. 267):
“Hilário: (…), como interpretar a atitude de casais que evitam os filhos, dos casais dignos e respeitáveis, sob todos os pontos de vida, que sistematizam o uso de anticoncepcionais?”.
“Silas: Se não descambam para a delinquência do aborto, na maioria das vezes são trabalhadores desprevenidos que preferem poupar o suor, na fome do reconforto imediatista. Infelizmente para eles, porém, apenas adiam realizações sublimes, às quais deverão fatalmente voltar, porque há tarefas e lutas em família que representam o preço inevitável de nossa regeneração. Desfrutam a existência, procurando inutilmente enganar a si mesmos, no entanto, o tempo espera-os, inexorável, dando-lhes a conhecer que a redenção nos pede esforço máximo. Recusando acolhimento a novos filhinhos, quase sempre programados por eles antes da reencarnação, emaranham-se nas futilidades e preconceitos das experiências de subnível, para acordarem, depois do túmulo, sentindo frio no coração…”
Após, Hilário perguntou sobre o aborto provocado, afirmando crer tratar-se de uma falta grave. Vejamos o que o Silas ensinou (p. 268):
“Falta Grave?! Será melhor dizer doloroso crime. Arrancar uma criança ao materno seio é infanticídio confesso. A mulher que promove ou que venha a coonestar semelhante delito é constrangida, por leis irrevogáveis, a sofrer alterações deprimentes no centro genésico de sua alma, predispondo-se geralmente a dolorosas enfermidades, quais sejam a metrite, o vaginismo, a metralgia, o enfarte uterino, a tumoração cancerosa, flagelos esses com os quais, muita vez, desencarna, demandando o Além para responder, perante a Justiça Divina, pelo crime praticado. É, então, que se reconhece rediviva, mas doente e infeliz, porque, pela incessante recapitulação mental do ato abominável, através do remorso, reterá por tempo longo a degenerescência das forças genitais”.
IV – Exercícios Mentais e Práticas Edificantes
A tarefa de casa é composta por exercícios mentais e práticas edificantesque visam despertar nossa atenção para a necessidade de alterar nossos hábitos, ajudando em uma efetiva reforma íntima.
Sublimando nossos hábitos, alteramos a frequência de nossa vibração mental eelevamos nosso grau de consciência.
Até agora, os exercícios mentais e as práticas edificantes que sugerimos para fazer durante a semana são:
1º – Afastar todo e qualquer pensamento não edificante (ver aula 01 e 02 no link “Exercícios mentais”).
2º – Sempre que passar por alguém emitir bons pensamentos (ver aula 03 e 04 no link “Exercícios mentais”).
3º – Meditar por CINCO minutos, ao menos três vezes na semana. Preferencialmente, meditar todos os dias por cinco minutos. Preferencialmente, orar antes. Preferencialmente, antes de dormir (principalmente para quem tem insônia). (ver aula 05 no link “Exercícios mentais”).
4º – Evitar o descontrole emocional (raiva, cólera, ira, etc). (ver aula 06 no lik “Exercícios mentais”).
5º – Paciência – Esperar 1 minutos antes de ficar impaciente.
6º – Indignar-se com serenidade.
7º – Ser generoso e solícito no dia a dia (no trabalho, na rua, trânsito, em casa, etc).
8º – Fazer Evangelho no Lar ao menos uma vez por semana (incentivamos realizar Evangelho no Lar nas quintas-feiras, dia que o Núcleo Espírita Amor e Paz, de Marília, realiza uma corrente de oração, entre 21h00min e 22h00min, faça no seu lar, com sua família).
9º – Ler uma vez por dia uma “mensagem edificante” de Espíritos Superiores (Emmanuel, André Luiz, Dr. Bezerra de Menzes, Memei, Joanna, etc).
10º – Estabelecer um hábito angular para rotina diária, auxiliando no “despertar” de nosso autocontrole e vigia de nossos pensamentos e atos diários.
11º Evitar ao máximo queixar-se de vida, analisando os fatos com resignação e confiança nas Leis Divinas, mantendo harmonia mental.
12º – Fazer caridade, participando ativamente de alguma atividade assistencial.
13º – Exercitar a indulgência (não observar, não comentar, não divulgar, defeitos alheios).
14º – Perseverar!
15º – Ser discreto nos atos da vida (particular e profissional).
16º – Desenvolver o nobre sentimento da compreensão, evitando criticar o próximo e aprendendo a ter tolerância com pensamentos diferentes e erros cometidos.
17º – Analisar criticamente os impulsos recebidos, seja do nosso inconsciente (hábitos – reflexos condicionados), seja de espíritos desencarnados.
18º – Elaborar o caderno de metas individuais e reforma íntima.
19º – Zela pela saúde do corpo físico, adotando uma alimentação equilibrando e a prática de exercícios físicos regulares no decorres da semana.
20º – Desenvolver o sentimento da Gratidão, agradecendo diariamente a Deus por todas as alegrias que possui, mesmo as pequenas.
21º – Orar diariamente.
22º – Admirar a beleza da natureza e levar “vida” para nosso ambiente de casa e do trabalho, decorando-o com plantas, flores, quadros, etc.
23º – Não alimentar sentimentos de culpa ou remorso. O arrependimento deve ser o primeiro passo, o segundo tem que ser corrigir o erro e aprender com ele e não ficar se auto condenando.
24º – Adotar, imediatamente, sem desculpas ou justificativas, as condutas edificantes catalisadoras de nossa reforma íntima e qualidade de vida.
25º – Evitar, durante o dia a dia, melindrar-se por bagatela (pequenas coisas).
26º – Programar sua semana, prevendo quando irá fazer exercícios físicos, oração, meditação, leitura edificante, estudo sobre espiritismo e intelectual, além das tarefas rotineiras da vida.
27º – Sermos otimistas no dia a dia e, ao mesmo tempo, resignados com os acontecimentos.
28º – Pensar e analisar antes de falar, regulando o tom de voz e evitando falar de forma agressiva e, até mesmo, palavrões.
29º – Sermos humildes efetivamente, no dia a dia, abafando a vaidade e o orgulho”.
30º – Orar, pedindo ajudar quando efetivamente precisamos (oração intercessória).
31º – Ser tolerante em todos os atos da vida.
32º – Ser pacífico e pacificador em todos os atos da vida diária.
33º – Ser menos materialista e consumista.
“Ilumina-te”.
Não tenha receios de aplicar o Espiritismo em seu dia a dia.
Não esqueça da oração diária, da meditação, da leitura edificante, do evangelho no lar, do caderno de metas da reforma íntima, da programação prévia da semana.
Tais condutas são catalisadora da mudança de hábitos mentais (reforma íntima), trazendo, como resultado: qualidade de vida.
Fique tranquilo com você mesmo. Tenha paz de espírito.
Muitas vezes ficamos aflitos porque:
-Vemos o ensinamento da Espiritualidade Superior;
-Os hábitos mentais coletivos nos convocam para outras espécies de condutas.
Entramos em conflito, porque queremos, no íntimo, seguir os ensinamos, mas também buscamos a aceitação social.
Neste cenário, faça o possível, lembrando dos ensinamentos, não persista no erro sem raciocinar, bovinamente.
Tenhamos em mente:
-Sermos humildes verdadeiramente;
-Sermos pacíficos e pacificadores;
-Sermos tolerantes e compreensivos;
-Sermos otimistas;
-Sermos resignados;
-Sermos discretos;
-Sermos menos materialistas;
-Sermos pacientes;
-Sermos generosos e gentis;
-Sermos indulgentes.
Isso é personalidade forte.
Na prática de um ato:
-Vamos pensar na forma de falar e no tom de voz;
-Vamos raciocinar se a palavra é amiga e construtiva ou a indignação está sendo usada para ferir;
-Vamos zelar pela paz e harmonia em nossos ambientes: casa, família, trabalho, rua, centro, etc;
-Vamos ser solícitos e generosos;
-Vamos evitar o descontrole emocional;
-Vamos evitar se queixar de TUDO;
-Vamos evitar melindres;
-Vamos praticar a caridade em todas suas formas, inclusive a material.
*
Mensagem de Encerramento:
Nenhum comentário
Seja o primeiro a comentar, deixe sua mensagem!.
Deixar um Comentário