Se alguém te fala em descanso inútil depois da morte, pensa nos que sofrem por amor, na experiência terrestre.
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Indaga das mães devotadas se teriam coragem de relegar os filhos delinquentes à solidão da masmorra…
Preferem chorar na pocilga, trabalhando por eles, a morarem no paraíso com o peito rebentando de lágrimas.
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Pergunta aos pais afetuosos se pediriam a força para os rebentos do próprio sangue, comprometidos em débitos insolúveis…
Escolhem a condição dos grilhetas, de modo a vê-los recuperados, renunciando aos prêmios que a sociedade lhes destine à honradez.
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Inquire da esposa abnegada se deixaria o companheiro enredado à loucura, pra brilhar num desfile de santidade…
Disputará as vigílias no manicômio para servi-lo, fugindo aos louros da praça pública.
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Interroga do amigo verdadeiro se deixará o amigo confiante em dificuldade…
Aceitará partilhar-lhe as provações, recusando os privilégios com que o mundo lhe acene.
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Isso acontece na Terra, onde o amor ainda se mistura ao egoísmo, qual o outro perdido na ganga do solo.
Para além das cinzas do túmulo, há paz de consciência e alegria profunda no dever nobremente cumprido, mas, se te afeiçoas à bondade e à renúncia, poderás quanto quiseres continuar auxiliando os entes amados, que aprendeste a venerar e querer, ou prosseguir exaltando os ideais e as tarefas edificantes que abraças.
À medida que penetramos os segredos do amor puro, vamos reconhecendo que ninguém pode ser realmente feliz sem fazer a felicidade alheia no caminho em que avança.
O próprio Criador determinou que a noite se cobrisse de estrelas e que o espinheiral se levantasse recamado de rosas.
Trabalharemos e sofreremos, assim, por amor, pelos séculos adiante, ajudando-nos uns aos outros a erguer a felicidade de nosso nível, até que possamos entrar, todos juntos, na suprema felicidade que consiste em nossa união com Deus para sempre.
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Emmanuel pelo médium Chico Xavier.
Livro: Justiça Divina.
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