Hoje continuaremos o estudo do funcionamento do cérebro na obsessão e vampirismo, bem como o adoecimento do Espírito até que ele se torne um ovóide.
I – Revisão
Aprendemos que o nosso cérebro, tanto espiritual, quanto físico, possui três setores:
a) Gânglios basais – subconsciente: armazena o hábito e o automatismo de nossas milhares de vidas.
b) Córtex motor – consciente: refere-se ao nosso pensamento presente, nossas decisões imediatas e planejamento de atitudes. Local onde são travadas as lutas internas, aceitando ou não os impulsos vindos do hábito e influência dos espíritos. Livre arbítrio.
c) Lóbulo Frontal – superconsciente: idealismo e ideias superiores.
Por fim, analisamos um quadro de obsessão, no qual a vítima, tomada pela culpa e remorso da falha praticada, havia se recolhido apenas às atividades diárias de forma mecanizada, deixando de operar a mente no chamado superconsciente. Alimentava condutas apenas ditadas pelo subconsciente, fato que também ocorria com o obsessor ao alimentar ódio pela vítima. Ambos mantinham-se vivendo dominados pelos instintos animais.
II – Análise da Mente de quem alimenta pensamentos inferiores
Jovem moça que, mimada pela família, alimentava vida de vícios e sensualidade.
“Sem a proteção espiritual peculiar à pobreza, sem os abençoados estímulos dos obstáculos materiais, e tendo, contra as suas necessidades íntimas, a profunda beleza transitória do rosto, a pobrezinha renasceu, seguida de perto, não por um inimigo propriamente dito, mas por cúmplice de faltas graves, desde muito desencarnado, ao qual se vinculara por tremendos laços de ódio, em passado próximo.”
Levando uma vida desregrada, ela engravidou e justamente desse cúmplice (espírito reencarnante). Ocorre que ela não aceitou a gravidez, querendo de qualquer forma realizar o aborto.
André Luiz analisou a mente da pobre moça. Vejamos (fl. 143, No Mundo Maior, 20ª edição):
“(…). Nos lobos frontais, a sombra era completa; no córtex encefálico, a perturbação era manifesta; somente nos gânglios basais havia suprema concentração de energias mentais, fazendo-me perceber que a infeliz criatura se recolhera no campo mais baixo do ser, dominada pelos impulsos desintegradores dos próprios sentimentos, transviados e incultos. Dos gânglios basais, onde se aglomeravam as mais fortes irradiações da mente alucinada, desciam estiletes escuros, que assaltavam as trompas e os ovários, penetrando a câmara vital quais tenuíssimos venábulos (lanças de ferro, obs nossa) de treva e incidindo sobre a organização embrionária de quatro meses”.
André Luiz percebeu a luta mental travada entre a mãe o filho e, apesar das recomendações e orientações dos espíritos superiores no momento de sono da mãe, ela insistiu no aborto, que foi realizado por enfermeira na própria casa.
Como resultado do aborto, o espírito da criança, antigo comparsa de farras, apegou-se ao perispírito da mãe e ajudou a iniciar uma complicação fisiológica que levou ao óbito também a mãe.
E assim concluiu o mentor de André Luiz (fl. 153):
“Agora, nada vale a intervenção direta. Só poderemos cooperar com a oração do amor fraterno, aliada à função renovadora da luta cotidiana. Consumou-se para ambos doloroso processo de obsessão recíproca, de amargas consequências no espaço e no tempo, e cujas extensão nenhum de nós pode prever”.
Trata-se de um caso típico de quadro obsessivo que se iniciou entre encarnados, mas continuou como desencarnados, onde ambos, após o desencarne, sofreram a queda do espírito, passando a habitar dimensão vibratória densa do umbral ou, quem sabe, até mesmo do abismos mais profundos.
Dentro desse quadro, décadas e talvez séculos serão necessários para que eles voltem a se reabilitar, sendo que correm o risco de iniciar uma fase de degradação da forma perispiritual.
Em regra, tais entidades são rapidamente localizadas pelas inteligências malignas que governam as regiões inferiores do chamado “Mundo Espiritual”, passando um longo tempo até conseguir se livrar de tal jugo.
III – Análise
Do que vimos até o momento podemos fixar alguns pontos:
IV – Da Degradação do Corpo Espiritual
Conforme estudado, o corpo espiritual é formado por matéria em outra composição vibracional, possuindo o atributo de ser moldável e plástico, recebendo direta influência da mente da pessoa.
Assim, para aqueles que possuem um maior domínio das faculdades da mente, é possível até mesmo assumir formas de outras reencarnações ou simplesmente remoçar (caso tenha desencarnado idoso).
Ocorre que, de outro lado, pode haver a degradação da forma perispiritual em razão da manutenção da mente em desarmonia.
André Luiz, explicando o conflito entre parasitas e hospedeiros no mundo animal, narra o que aconteceria entre encarnados e desencarnados (Evolução em Dois Mundos, p. 144/145, 25ª Edição):
“Em processos diferentes, mas atendendo os mesmos princípios de simbiose prejudicial, encontramos os circuitos de obsessão e de vampirismo entre encarnados e desencarnados, desde eras recuadas em que o espírito humano, iluminado pela razão, foi chamado pelos princípios da Lei Divina a renunciar ao egoísmo e à crueldade, à ignorância e ao crime.
Rebelando-se, no entanto, em grande maioria, contra as sagradas convocações, e livres para escolher o próprio caminho, as criaturas humanas desencarnadas, em alto número, começaram a oprimir os companheiros da retaguarda, disputando afeições e riquezas que ficavam na carne, ou tentando empreitadas de vingança e delinquência, quando sofriam o processo liberatório da desencarnação em circunstâncias delituosas.
As vítimas de homicídio, violência, brutalidade manifesta ou perseguição disfarçada, fora do vaso físico, entram na faixa mental dos ofensores, conhecendo-lhes a enormidade das faltas ocultas, e, em vez do perdão, com que se exonerariam da cadeia das trevas, empenham-se em vinditas atrozes, retribuindo golpe a golpe e mal por mal.”
Iniciada essa ligação entre encarnados e desencarnados, ocorre de ambos deixarem de viver conscientemente e de manterem a mente em evolução. Passam a viver automatizados e apenas conforme instintos e hábitos adquiridos anteriormente. Abandonam a luta do presente e deixam de idealizar o futuro.
Permanecendo ligada ao hospedeiro (vítima da obsessão), a entidade obsessora passa apenas a absorver a energia de seu hospedeiro. Aos poucos, os órgãos do corpo espiritual vão se atrofiando pela falta de uso e o corpo espiritual, influenciável diretamente pelo corpo mental, passa a sofrer profunda degradação, retrocedendo na forma perispiritual de aspecto humano (os membros inferiores, superiores, o tronco, etc, vão se atrofiando), podendo chegar até o limite de uma forma ovalada, os chamados “ovóides”.
Vejamos a explicação de André Luiz (Evolução em Dois Mundos, p. 146):
“Inúmeros infelizes, obstinados na ideia de fazerem justiça pelas próprias mãos ou confiados a vicioso apego, quando desafivelados do carro físico, envolvem sutilmente aqueles que se lhes fazem objeto da calculada atenção e, auto-hipnotizados por imagens de afetividade ou desforço, infinitamente repetidas por eles próprios, acabam em deplorável fixação monoideistica, fora das noções de espaço e tempo, acusando, passo a passo, enormes transformações na morfologia dos veículos retraídos, por falta de função, assemelham-se a ovoides, vinculados às próprias vítimas que, de modo geral, lhes aceitam, mecanicamente, a influenciação, à face dos pensamentos de remorso ou arrependimento tardio, ódio voraz ou egoísmo exigente que alimentam no próprio cérebro através de ondas mentais incessantes.
(…).
No tocante à criatura humana, o obsessor passa a viver no clima pessoal da vítima, em perfeita simbiose mórbida, absorvendo-lhe as forças psíquicas, situação essa que, em muitos casos, se prolonga para além da morte física do hospedeiro, conforme a natureza e a extensão dos compromissos morais entre credor e devedor.”
Como podemos ver, a mente é a base de todos os fenômenos que nos cercam. É ela que edifica o corpo mental, que serve de molde à formação do corpo espiritual (perispírito), o qual, por sua vez, projeta e modela o corpo físico quando encarnamos em nossa dimensão.
Mas assim como a mente edifica, constrói e mantém nossos mecanismos de representação material (corpos mental, perispiritual e físico), ela mesma, a mente, pode causar-lhes danos profundos em razão de monoideísmo (idéia fixa num só objetivo) e inatividade.
Semana que vem terminaremos de estudar a degradação do corpo espiritual e os casos de obsessão.
V – Tarefa de Casa
A tarefa de casa é composta por exercícios mentais e práticas edificantesque visam despertar nossa atenção para a necessidade de alterar nossos hábitos, ajudando em uma efetiva reforma íntima.
Sublimando nossos hábitos, alteramos a frequência de nossa vibração mental eelevamos nosso grau de consciência.
Até agora, os exercícios mentais e as práticas edificantes que sugerimos para fazer durante a semana são:
1º – Afastar todo e qualquer pensamento não edificante (ver aula 01 e 02 no link “Exercícios mentais”).
2º – Sempre que passar por alguém emitir bons pensamentos (ver aula 03 e 04 no link “Exercícios mentais”).
3º – Meditar por CINCO minutos, ao menos três vezes na semana. Preferencialmente, meditar todos os dias por cinco minutos. Preferencialmente, orar antes. Preferencialmente, antes de dormir (principalmente para quem tem insônia). (ver aula 05 no link “Exercícios mentais”).
4º – Evitar o descontrole emocional (raiva, cólera, ira, etc). (ver aula 06 no lik “Exercícios mentais”).
5º – Paciência – Esperar 1 minutos antes de ficar impaciente.
6º – Indignar-se com serenidade.
7º – Ser generoso e solícito no dia a dia (no trabalho, na rua, trânsito, em casa, etc).
8º – Fazer Evangelho no Lar ao menos uma vez por semana (incentivamos realizar Evangelho no Lar nas quintas-feiras, dia que o Núcleo Espírita Amor e Paz, de Marília, realiza uma corrente de oração, entre 21h00min e 22h00min, faça no seu lar, com sua família).
9º – Ler uma vez por dia uma “mensagem edificante” de Espíritos Superiores (Emmanuel, André Luiz, Dr. Bezerra de Menzes, Memei, Joanna, etc).
10º – Estabelecer um hábito angular para rotina diária, auxiliando no “despertar” de nosso autocontrole e vigia de nossos pensamentos e atos diários.
11º Evitar ao máximo queixar-se de vida, analisando os fatos com resignação e confiança nas Leis Divinas, mantendo harmonia mental.
12º – Fazer caridade, participando ativamente de alguma atividade assistencial.
13º – Exercitar a indulgência (não observar, não comentar, não divulgar, defeitos alheios).
14º – Perseverar!
15º – Ser discreto nos atos da vida (particular e profissional).
16º – Desenvolver o nobre sentimento da compreensão, evitando criticar o próximo e aprendendo a ter tolerância com pensamentos diferentes e erros cometidos.
17º – Analisar criticamente os impulsos recebidos, seja do nosso inconsciente (hábitos – reflexos condicionados), seja de espíritos desencarnados.
18º – Elaborar o caderno de metas individuais e reforma íntima.
19º – Zela pela saúde do corpo físico, adotando uma alimentação equilibrando e a prática de exercícios físicos regulares no decorres da semana.
20º – Desenvolver o sentimento da Gratidão, agradecendo diariamente a Deus por todas as alegrias que possui, mesmo as pequenas.
21º – Orar diariamente.
22º – Admirar a beleza da natureza e levar “vida” para nosso ambiente de casa e do trabalho, decorando-o com plantas, flores, quadros, etc.
23º – Não alimentar sentimentos de culpa ou remorso. O arrependimento deve ser o primeiro passo, o segundo tem que ser corrigir o erro e aprender com ele e não ficar se auto condenando.
24º – Adotar, imediatamente, sem desculpas ou justificativas, as condutas edificantes catalisadoras de nossa reforma íntima e qualidade de vida.
25º – Evitar, durante o dia a dia, melindrar-se por bagatela (pequenas coisas).
*
Organizar sua vida, sua semana, seu mês, de forma construtiva, para crescimento pessoal (moral e intelectual).
1º – Estudo profissional (englobando estudos de línguas e outros que resultem no desenvolvimento do intelecto).
2º – Estudo espiritual/moral.
3º – Exercícios físicos.
4º – Prática da caridade.
–> Gastaremos apenas 10 horas.
–> Restam 46 horas livres para fazer o que quiser, inclusive entretenimento.
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