Seção: Estudo das Obras do Espírito André Luiz

Aula 26 – Estudo Sobre a Desencarnação – Velório de Dimas

I – Revisão

Estudamos que a mente em vibração dá origem ao “corpo mental”, envoltório mais sutil do espírito (ser em si).

Este campo ou corpo mental, modela e dá origem ao corpo espiritual (perispírito/veículo físico da dimensão “mundo espiritual”).

Vimos que, para ingressar em nossa dimensão vibratória, é necessária a elaboração do corpo físico.

Aprendemos que, formando o elo entre o corpo espiritual e o corpo físico, há energia vital (própria de nossa dimensão) que animaliza o corpo físico e esta energia está representada no chamado corpo “duplo etérico”.

Aprendemos que existe uma ligação entre o corpo espiritual e o corpo físico, chamada de “cordão de prata”, localizada na cabeça e que se rompe apenas quando do desencarne.

Analisamos o processo de desencarne de Dimas, por meio do qual, vimos que:

– são desatados os laços que prendem o espírito ao corpo físico, iniciando no centro vegetativo (ventre), depois centro emocional (tórax) e, por fim, no centro mental (cérebro).

– do corpo espiritual de Dimas extravasou substância leitosa;

– em átimos de milésimos se segundo o Espírito desprendeu-se do corpo físico e, por meio do campo mental, absorveu a substância leitosa impregnada de vitalidade da nova dimensão vibratória, formando um novo corpo espiritual próprio para a vida que se iniciava, constituído da matéria sutil dessa mesma nova dimensão vibratória.

Vídeo sobre a desencarnação de Dimas:

 – após todo este procedimento, o cordão fluídico permaneceu ligando o corpo espiritual ao corpo físico, a fim de facilitar o equilíbrio orgânico de Dimas-desencarnado.

II – Velório de Dimas

No dia seguinte, André Luiz recebeu explicações da conduta dos parentes de Dimas:

“Se fosse possível receber maior cooperação dos amigos encarnados, ser-lhe-ia muito mais fácil o restabelecimento integral. No entanto, cada vez que os parentes se debruçam, em pranto, sobre os despojos, é chamado ao cadáver, com prejuízo para a restauração mais rápida”.

Foi explicado também que a conversação mantida pelos encarnados ao longo do velório causava pesadelos no sono de Dimas, além de, não raras vezes, evocar espíritos de diversas ordens, o que prejudicava o ambiente vibracional.

André Luiz, então, permaneceu ao lado de determinado grupo de amigos/parentes, que, inicialmente, conversava sobre os méritos de Dimas.

Mas, como ressaltou André Luiz: “Todavia, no estado atual da educação humana, é muito difícil alimentar, por mais de cinco minutos, conversação digna e cristalina, numa assembleia superior a três criaturas encarnadas” (p. 220, Obreiros da Vida Eterna).

André Luiz fez esta afirmação porque determinada pessoa começou a comentar o caso em que Dimas foi testemunha de um homicídio e nada contou.

Em razão da narrativa, o espírito do assassino foi evocado para o lugar e interpelou mentalmente o narrador e, ao ver o corpo de Dimas, pôs-se a lamentá-lo e a evocá-lo, tendo sido contido pelos amigos que velavam pela paz do local. Porém, a presença deste espírito fez com que Dimas passasse a sofrer terrível pesadelo em seu sono, que era para ser reparador.

Vejam a importância de nossos pensamentos durante um velório. Percebamos como ainda nos comportamos erradamente, seja alimentando pensamentos angustiantes e tristes, seja mantendo conversação vazia que somente atrai espíritos inferiores. Enfim, em nada contribuímos para o refazimento das forças de quem faleceu.

Após, sua esposa se debruçou desesperada no caixão, gritando por Dimas, causando reação no falecido:

“A genitora do médium fazia esforços para contê-lo, mas debalde. Pelo fio prateado, estabelecera-se vigoroso contato entre ele a companheira, porque Dimas se ergueu, cambaleante, apesar do carinho materno. Estava lívido, semilouco. Avançou para a sala mortuária, rogando paz, mas antes que pudesse aproximar-se muito dos despojos, Fabriciano aplicou energias de prostração na esposa imprudente, que foi novamente conduzida ao leito, agora sem sentidos, enquanto Dimas voltava ao regaço maternal, menos aflito”.

E dessa experiência André Luiz conclui preciosa lição que deveria ser seguida por todos os espíritas:

“Eu aprendera muito, durante a noite. Aprendera que as câmaras mortuárias não devem ser pontos de referência à vida social, mas recintos consagrados à oração e ao silêncio”.

Nós, espíritas, precisamos evoluir nossa consciência e entender esta lição. Temos a obrigação de aplicar estes conhecimentos. Assim, transmitiremos sabedoria e, o mais importante, iremos auxiliar aquele ente querido que faleceu e precisa de ajuda na outra dimensão vibratória.

Ora, quem desencarnou já está aflito e triste pelo falecimento e pela saudade que irá sentir, como se entristece quem vai partir para uma longa viagem. Devemos contribuir para amenizar estes perturbadores sentimentos e não aumentá-los.

No dia seguinte, próximo já do enterro do corpo físico, André Luiz reparou que, pelo cordão de prata, Dimas absorvia certa quantidade de princípios vitais do corpo físico.

Finalmente, o cordão de prata foi cortado, percebendo André Luiz que o corpo físico entrou em rápida decomposição.

Nesta hora, Dimas despertou do sono e o enterro começou.

Eles acompanharam o enterro do corpo físico, quando André Luiz percebeu que existia grupos de espíritos inferiores aguardando o enterro para atacar Dimas. Mas, em razão da proteção recebida, desistiram de qualquer ação.

O mentor de André Luiz retirou os resíduos de vitalidade existentes ainda no corpo físico e os dispersou na atmosfera, evitando que fossem utilizados pelas entidades inferiores.

Dimas permaneceu em desequilíbrio por muito tempo (fl. 240):

“(…). Apesar da fé que lhe aquecia o espírito, as saudades do lar infundiam-lhe inexprimível angústia. Às vezes, finda a conversação serena em que se revelava calmo e seguro nas palavras, punha-se a gemer doridamente, chamando a esposa e os filhos, inquieto. Em tais momentos, tornava aos sintomas da moléstia que lhe vitimara o corpo denso e, com dificuldade, conseguíamos subtraí-lo à estranha psicose, fazendo-o regressar à posição normal”.

Este desequilíbrio perdurou por muito tempo, em razão, também, das vibrações emitidas pelos familiares.

III – Caso de Fábio

Não possuía religião definida, mas era equilibrado, mantendo-se na vida correta, sempre em sintonia com a espiritualidade superior. Era pai de dois filhos, tendo preparado a família para a sua morte.

Demonstrava resignação e confiança em Deus, passando esta tranquilidade para esposa e filhos.

Explicou o mentor de André Luiz (fl. 179):

“(…), nosso irmão Fábio institui, desde os primeiros dias de matrimônio, o culto doméstico da fé viva, preparando a esposa, os filhinhos e os outros familiares no esclarecimento dos problemas essenciais da compreensão da vida eterna. Em virtude da perseverança no bem que lhe caracterizou as atitudes, sua libertação ser-lhe-á agradável e natural. Soube viver bem, para bem morrer”.

Quando transportado para o Abrigo de Fabiano (junto com os outros, para receber auxílio magnético a preparar o corpo espiritual), dias antes do desencarne, possuía bom discernimento de tudo o que se passava.

Ao chegar na casa de Fábio, André Luiz percebeu a presença de outros amigos espirituais superiores, a prestar socorro ao doente. Ali, encontrava-se, também, o pai de Fábio, que queria ajudar na transição.

Conforme informações obtidas por André Luiz, Fábio desencarnava no tempo previsto pela sua programação de vida.

Na noite derradeira, Fábio pediu para fazer Evangelho no Lar, oportunidade na qual ressaltou para sua esposa que não exigia fidelidade, porque ela era jovem e não queria que ela passasse o resto da vida sozinha.

Durante a noite iniciou o procedimento de desligamento, quando Fábio acordou tossindo, acordando também sua esposa, quando lhe disse: “Pode chamar o médico… entretanto, Mercedes… não se preocupe… é justamente o fim…”.

André Luiz observou (fl. 254):

“Reparei que Jerônimo repetia o processo de libertação praticado em Dimas, mas com espantosa facilidade. Depois da ação desenvolvida sobre o plexo solar, o coração e o cérebro, desatado o nó vital, Fábio fora completamente afastado do corpo físico. Por fim, brilhava o cordão fluídico-prateado, com formosa luz. Amparado pelo genitor, o recém-liberto descansava, sonolento, sem consciência exata da situação.

Supus que o caso de Dimas se repetiria, ali, minudência por minudência; porém, uma hora depois da desencarnação, Jerônimo cortou o apêndice luminoso”.

Dimas e Fábio repousavam na Casa Transitória de Fabiano, um posto de socorro localizado no umbral. Em razão do desencarne menos traumático, Fábio já estava mais consciente do que Dimas.

Vemos, portanto, que não basta estudar as leis espirituais, é necessário adestrarmos nossa mente para a existência da vida eterna.

Precisamos ampliar nossa consciência para compreender que não há morte, apenas transição de dimensão e que a chamada “desencarnação” é a volta para dimensão vibratória dita como principal, ou seja, é a viagem de volta para a casa.

 

IV – Tarefa de Casa

A tarefa de casa é composta por exercícios mentais e práticas edificantesque visam despertar nossa atenção para a necessidade de alterar nossos hábitos, ajudando em uma efetiva reforma íntima.

Sublimando nossos hábitos, alteramos a frequência de nossa vibração mental eelevamos nosso grau de consciência.

Até agora, os exercícios mentais e as práticas edificantes que sugerimos para fazer durante a semana são:

1º – Afastar todo e qualquer pensamento não edificante (ver aula 01 e 02 no link “Exercícios mentais”).

2º – Sempre que passar por alguém emitir bons pensamentos (ver aula 03 e 04 no link “Exercícios mentais”).

3º – Meditar por CINCO minutos, ao menos três vezes na semana. Preferencialmente, meditar todos os dias por cinco minutos. Preferencialmente, orar antes. Preferencialmente, antes de dormir (principalmente para quem tem insônia). (ver aula 05 no link “Exercícios mentais”).

4º – Evitar o descontrole emocional (raiva, cólera, ira, etc). (ver aula 06 no lik “Exercícios mentais”).

5º – Paciência – Esperar 1 minutos antes de ficar impaciente.

6º – Indignar-se com serenidade.

7º  – Ser generoso e solícito no dia a dia (no trabalho, na rua, trânsito, em casa, etc).

8º – Fazer Evangelho no Lar ao menos uma vez por semana (incentivamos realizar Evangelho no Lar nas quintas-feiras, dia que o Núcleo Espírita Amor e Paz, de Marília, realiza uma corrente de oração, entre 21h00min e 22h00min, faça no seu lar, com sua família).

9º – Ler uma vez por dia uma “mensagem edificante” de Espíritos Superiores (Emmanuel, André Luiz, Dr. Bezerra de Menzes, Memei, Joanna, etc).

10º – Estabelecer um hábito angular para rotina diária, auxiliando no “despertar” de nosso autocontrole e vigia de nossos pensamentos e atos diários.

11º Evitar ao máximo queixar-se de vida, analisando os fatos com resignação e confiança nas Leis Divinas, mantendo harmonia mental.

12º – Fazer caridade, participando ativamente de alguma atividade assistencial.

13º – Exercitar a indulgência (não observar, não comentar, não divulgar, defeitos alheios).

14º – Perseverar!

15º – Ser discreto nos atos da vida (particular e profissional).

16º – Desenvolver o nobre sentimento da compreensão, evitando criticar o próximo e aprendendo a ter tolerância com pensamentos diferentes e erros cometidos.

17º – Analisar criticamente os impulsos recebidos, seja do nosso inconsciente (hábitos – reflexos condicionados), seja de espíritos desencarnados.

18º – Elaborar o caderno de metas individuais e reforma íntima.

19º – Zela pela saúde do corpo físico, adotando uma alimentação equilibrando e a prática de exercícios físicos regulares no decorres da semana.

20º – Orar diariamente.

 

—Hoje iremos acrescentar: Admirar a beleza da natureza de nosso mundo, levando para nosso dia a dia.

 

—Nós vivemos sempre imaginando a beleza das regiões sutis do mundo espiritual, muitas vezes, maldizendo a nossa esfera de atuação, a nossa dimensão.
—
—Com isso, fechamos os olhos para as infinitas belezas naturais que cercam nossa vida neste mundo.
—Estamos vivendo uma época boa para despertarmos nossas consciências para estas beleza.
—
—Dezenas de árvores na cidades florindo.
—
—Vamos abrir nossos olhos e agradecer a Deus por ter nos dado um mundo tão maravilhoso para vivermos nossa existência.
—Vamos levar esta beleza para nossa casa, alegrando o ambiente com um vaso de flor, planta, quadro.
—
—Com isso, abrimos nossas mentes para padrões mais sutis da matéria.
—
—Deixemos de olhar apenas o concreto, olhemos para a natureza e suas belas formas.
Aliás, mesmo as casas mais humildes podem ter vida e beleza:
—Percebamos como a obra divina é espetacular.
—
—As mais simples flores possuem disposições de cores e geometria perfeita.
—Com esse simples exercício mental (admirar a natureza) e prática edificante (dar vida ao ambiente em que vive, casa e trabalho), despertamos nossa mente para vibrações sutis da matéria, auxiliando a saúde mental e equilíbrio espiritual.

Vejamos um vídeo muito bonito sobre a natureza:

 

 

Então, a tarefa de casa (exercício mental e prática edificante) é:

 

a)“Levar vida” para nosso ambiente familiar e de trabalho (vaso de flor, planta, quadro, etc).

b)Habituarmos a admirar a natureza que nos cerca, sejam as plantas, animais, flor, árvores, etc.
Mensagem de encerramento:

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1 Comentário

Noélia { 15 de julho de 2014 às 15:12 }

É importantíssimo obtermos esses ensinamentos

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