Quando esse ou aquele companheiro se nos distancia, deixando-nos a sós na Seara do Bem, habitualmente a nossa reação inicial é de choque e desagrado.
Recordamos para logo os votos em comum, as atividades partilhadas, as esperanças e os sonhos das horas primeiras…
Entretanto, embora devamos resguardar intacto o amor por eles, não é o sentimento negativo de amargor ou censura que a vida espera de nós outros, nessas circunstâncias.
É preciso entendê-los e acatá-los, antes de tudo. Lembrá-los no bem que nos fizeram, nas luzes que acenderam.
E, ante a ausência, considerar as possíveis razões que a ditaram.
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Esse se viu defrontado por obstáculos que não logrou vencer; aquele entrou a experimentar a enfermidade complexa; outro não achou em si a força necessária para garantir a própria esperança, e outro ainda passou imperceptivelmente a faixas de obsessão oculta. E se integramos determinada equipe de trabalho, como condenar os companheiros doente ou acidentados em serviço?
Claro que, em se verificando isso, nos cabe o dever de entregá-los a organizações capazes de restaurá-los, e continuar trabalhando, substituindo-os, quanto nos seja possível, na empresa em andamento.
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Diante dos amigos que nos deixam nas frentes da luta edificante, procuremos honrá-los e abençoá-los com os nossos melhores pensamentos de carinho e de gratidão. E reconhecendo, acima de tudo, que nos achamos todos submetidos à Sabedoria e à Misericórdia do Senhor, compete-nos a obrigação de compreender-nos e auxiliar-nos, uns aos outros, em quaisquer circunstâncias, na certeza de que, se o Senhor nos permite a mudança de atividade quando assim desejamos – e já nos achamos credenciados para colaborar com ele, nas construções do Evangelho, isso se verifica a fim de que aprendamos, na escola da experiência, a servi-lo na Obra de Redenção e Aperfeiçoamento do Mundo, sempre mais, e melhor.
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