Seção: Palestras

Cérebro – Obsessão – Ovóide – Parte III

I – Revisão

Quando estudamos a evolução do princípio espiritual, vimos que antes de chegarmos à fase hominal, passamos por todas as cadeias da evolução (mineral, vegetal e animal menores e depois mais complexos).

 

Analisamos que ao longo deste enorme caminho, o princípio espiritual, ainda apenas uma crisálida de consciência, por meio da repetição, desenvolve os reflexos automatizados, para depois desenvolver os instintos (fases vegetal e animal), para, finalmente, desenvolver os sentimentos e a racionalidade (fase hominal).

 

Vimos que o desenvolvimento dos órgãos no corpo espiritual e no corpo físico é obra de milhares de milênios, atendendo à evolução do campo mental do “SER”.

 

Aprendemos que o nosso cérebro, tanto espiritual, quanto físico, possui três setores:

 

a)   Gânglios basais – subconsciente: armazena o hábito e o automatismo de nossas milhares de vidas.

 

b)   Córtex motor – consciente: refere-se ao nosso pensamento presente, nossas decisões imediatas e planejamento de atitudes. Local onde são travadas as lutas internas, aceitando ou não os impulsos vindos do hábito e influência dos espíritos. Livre arbítrio.

 

c)    Lóbulo Frontal – superconsciente: idealismo e ideias superiores.

 

Analisamos um quadro de obsessão, no qual a vítima, tomada pela culpa e remorso da falha praticada, havia se recolhido apenas às atividades diárias de forma mecanizada, deixando de operar a mente no chamado superconsciente. Alimentava condutas apenas ditadas pelo subconsciente, fato que também ocorria com o obsessor ao alimentar ódio pela vítima. Ambos mantinham-se vivendo dominados pelos instintos animais.

 

Entendemos que é necessário sempre praticar o Bem, porque assim mantemos nossa mente ligada a espiritualidade superior, o que eleva o padrão vibratório e, consequentemente, evitar a queda do espírito.

 

Vimos que aquelas pessoas desencarnadas que se mantém na vingança, ódio, alimentando apenas um pensamento (a monoideia), acaba por sofrer uma espécie de queda, com a deformação do corpo espiritual, que vai perdendo, um a um, os membros e órgãos do corpo espiritual até atingir o formato ovalado, que André Luiz denominou de ovoides.

 

II – Ovóides e Quadro de Obsessão

Semana passada estudamos, de forma técnica, o fenômeno da degradação do corpo espiritual. Hoje, vamos estuda-lo acompanhando um caso vivido por André Luiz, fixando, assim, os ensinamentos a respeito do complicado tema.

 

André Luiz, em missão em uma cidade localizada nas zonas abismais (estudaremos essa missão a partir de semana que vem), observou que algumas pessoas andavam com ovoides presos ao corpo espiritual. Vejamos (Libertação, p. 47):

 

“Ante o intervalo espontâneo, reparei, não longe de nós, como que ligadas às personalidades sob nosso exame, certas formas indecisas, obscuras. Semelhavam-se a pequenas esferas ovóides, cada uma das quais pouco maior que um crânio humano. Variavam profusamente nas particularidades. Algumas denunciavam movimento próprio, ao jeito de grandes amebas, respirando naquele clima espiritual; outras, contudo, pareciam em repouso, aparentemente inertes, ligadas ao halo vital das personalidades em movimento.

(…)

Grande número de entidades, em desfile nas vizinhanças da grade, transportavam essas esferas vivas, como que imantadas às irradiações que lhes eram próprias.”

 

“Imantadas às irradiações”: demonstra a sintonia vibracional entre obsessor e obsediado.

 

Espantado com a visão, porque nunca havia visto um ovoide e ainda mais preso às pessoas, perguntou ao seu mentor e assim desenvolveu o diálogo:

 

Gúbio: — André — respondeu ele, circunspecto, evidenciando a gravidade do assunto —, compreendo-te o espanto. Vê-se, de pronto, que és novo em serviços de auxílio. Já ouviste falar, de certo, numa “segunda morte”?

André: — Sim — acentuei —, tenho acompanhado vários amigos à tarefa reencarnacionista, quando, atraídos por imperativos de evolução e redenção, tornam ao corpo de carne. De outras vezes, raras aliás, tive notícias de amigos que perderam o veículo perispiritual, conquistando planos mais altos. A esses missionários, distinguidos por elevados títulos na vida superior, não me foi possível seguir de perto.

(…)

Gúbio: — Viste companheiros que se desfizeram dele (perispírito, observação nossa), rumo a esferas sublimes, cuja grandeza por enquanto não nos é dado sondar, e observaste irmãos que se submeteram a operações redutivas e desintegradoras dos elementos perispiríticos para renascerem na carne terrestre. Os primeiros são servidores enobrecidos e gloriosos, no dever bem cumprido, enquanto que os segundos são colegas nossos, que já merecem a reencarnação trabalhada por valores intercessores, mas, tanto quanto ocorre aos companheiros respeitáveis desses dois tipos, os ignorantes e os maus, os transviados e os criminosos também perdem, um dia, a forma perispiritual.”

 

Aqui, conhecemos, então, mais uma espécie de segunda morte da pessoa desencarnada, pela “queda” (no sentido de degradação do corpo espiritual, porque o espírito, ser em si, nunca retroage. Espírito fica estacionado no grau de evolução, mas a sua forma de manifestação sofre degradação/queda, até para forçá-lo a retomar o caminho da evolução).

 

A pessoa, como estudamos, alimentando a monoideia, chega ao ponto de perder o corpo espiritual, sofre uma espécie de segunda morte, assumindo a já estudada forma ovoide.

 

E assim explica o mentor de André Luiz (p. 48):

 

“Pela densidade da mente, saturada de impulsos inferiores, não conseguem elevar-se e gravitam em derredor das paixões absorventes que por muitos anos elegeram em centro de interesses fundamentais. Grande número, nessas circunstâncias, mormente os participantes de condenáveis delitos, imantam-se aos que se lhes associaram nos crimes.”

 

E ressalta (p. 48):

 

“Se o discípulo de Jesus se mantém ligado a Ele, através de imponderáveis fios de amor, inspiração e reconhecimento, os pupilos do ódio e da perversidade se demoram unidos, sob a orientação das inteligências que os entrelaçam na rede do mal.”

 

E ainda, dentro dessa explicação, traz importante lição para todos nós (p. 48):

“Enriquecer a mente de conhecimentos novos, aperfeiçoar-lhe as faculdades de expressão, purificá-la nas correntes iluminativas do bem e engrandecê-la com a incorporação definitiva de princípios nobres é desenvolver nosso corpo glorioso, na expressão do apóstolo Paulo, estruturando-o em matéria sublimada e divina. Essa matéria, André, é o tipo de veículo a que aspiramos, ao nos referirmos à vida que nos é superior. Estamos ainda presos às aglutinações celulares dos elementos físio-perispiríticos, tanto quanto a tartaruga permanece algemada à carapaça. Imergimo-nos dentro dos fluidos carnais e deles nos libertamos, em vicioso vaivém, através de existências numerosas, até que acordemos a vida mental para expressões santificadoras.”

(…)

— A vida física é puro estágio educativo, dentro da eternidade, e a ela

ninguém é chamado a fim de candidatar-se a paraísos de favor e, sim, à moldagem viva do céu no santuário do Espírito, pelo máximo aproveitamento das oportunidades recebidas no aprimoramento de nossos valores mentais, com o desabrochar e evolver das sementes divinas que trazemos conosco. O trabalho incessante para o bem, a elevação de motivos na experiência transitória, a disciplina dos impulsos pessoais, com amplo curso às manifestações mais nobres do sentimento, o esforço perseverante no infinito bem, constituem as vias de crescimento mental, com aquisição de luz para a vida imperecível.”

 

Voltando aos estudos sobre ovoides, podemos entender então que se trata de uma queda da pessoa, que sofre uma espécie de segunda morte, em razão de perder o corpo espiritual.

 

Porém, elas passam a viver no halo vital, presas aos corpos espirituais daqueles que foram objetos de sua fixação mental.

 

André Luiz, ainda na cidade localizada nos abismos, localizou uma jovem que possuía três ovoides presos ao corpo espiritual. Ela estava deitada, delirando e sem entender o que se passava.

 

Vejamos a explicação do mentor de André Luiz sobre os ovoides (p. 52):

 

“— São entidades infortunadas, entregues aos propósitos de vingança e que perderam grandes patrimônios de tempo, em virtude da revolta que lhes atormenta o ser. Gastaram o perispírito, sob inenarráveis tormentas de desesperação, e imantam-se, naturalmente, à mulher que odeiam, irmã esta que, por sua vez, ainda não descobriu que a ciência de amar é a ciência de libertar, iluminar e redimir.”

 

E porque a observação final sobre a ciência do amar? Em razão da sintonia vibracional. Caso a jovem estivesse com padrão vibratório alto a trabalho do Bem, não haveria como as entidades estabelecer sintonia a ponto de imantarem-se nela.

 

André Luiz examinou os ovoides e percebeu que deles saía pensamentos e vozes, sempre prometendo vingança e com muito ódio.

 

Enquanto isso, a mulher delirava chamando pelo marido.

 

Gúbio, o mentor de André Luiz, explicou que o marido já estava encarnado, aguardando a reencarnação dela, que seria em breve. Explicou, ainda, que as três entidades em forma ovoide presas a ela, eram escravos que haviam sido torturados em fazenda de sua propriedade e juraram vingança. Agora, ela iria reencarnar e receber a três entidades como filhos. Assim, o amor de mãe e filho iria acabar com aquele ódio e sentimento de vingança.

 

Isso significa que todas as mães e filhos são espíritos inimigos? De jeito nenhum, estamos analisando um caso que isso ocorreu, mas, da mesma forma, há reencarnações planejadas entre espíritos amigos. Como diferenciar? A pergunta tem que ser, para que diferenciar? O amor de mãe é infinito, assim como o de pai, sendo instrumento valioso nos resgastes que devemos fazer. Ame incondicionalmente sem divagar sobre a questão que não poderá saber em razão do esquecimento que estamos sujeitos quando reencarnamos.

 

Ou você está numa família que existem resgastes entre vocês ou são pessoas que estão te ajudando em resgaste que deve fazer, ou os dois, percebem como não se deve perder tempo pensando sobre isso? Justamente o contrário, o estudo revela que devemos amar nossa família e agradecer a Deus pela oportunidade de estarmos juntos. Com esse pensamento somente coisas boas surgirão, seja resgate ou não.

 

Voltando ao caso sob análise:

 

Os escravos, assim que desencarnaram, passaram a obsediar a mulher e a ela ficaram imantados. Com o passar do tempo, os corpos espirituais foram sofrendo a degradação até chegar a forma ovóide.

 

Importante entender que as entidades prenderam-se ao corpo espiritual da mulher, em razão de que ela mantinha pensamentos inferiores, inclusive por remorso e culpa. Assim, havia sintonia que permitia o quadro de obsessão que caminhou até o estágio que se encontrava no momento.

 

Além de casos como esses, nos quais, obsessores de vidas passadas acabam por se imantar no halo vital da pessoa que odeiam, existem ainda a hipóteses de inteligências malignas procurarem seres que sofreram essa espécie de queda, ou seja, que são ovoides e usá-los em planos de vingança e obsessão, colocando-os no corpo espiritual da vítima.

 

Isso veremos com maiores detalhes a partir da semana que vem quando iremos estudar o livro “Libertação”.

 

Como voltarão ao normal? Serão encaminhadas ao útero de uma mulher encarnada ou desencarnada (informação obtida no livro “Senhores da Escuridão”, médium Robson Pinheiro, autor-desencarnado Angelo Inácio).

 

V – Exercícios Mentais e Práticas Edificantes

Estes exercícios mentais e práticas edificantes visam despertar nossa atenção para a necessidade de alterar nossos hábitos, ajudando em uma efetiva reforma íntima.

 

Até agora, os exercícios mentais e as práticas edificantes que sugerimos para todos fazermos durante a semana são:

 

1 – Afastar todo e qualquer pensamento não edificante durante o dia a dia;

1.1           – Evitar “perder a razão” (estado de cólera, raiva);

1.2           – Indignar-se com serenidade e razoabilidade;

1.3           – Exercitar a indulgência (capacidade de compreender e não divulgar defeitos alheios);

1.4           – Não se queixar da vida, evitar reclamações diárias e negativismos/evitar pessimismo;

1.5           – Não criticar o próximo, não julgar;

1.6           – Não se ofender (compreender o outro);

 

2        – Sempre que passar por alguém emitir bons pensamentos (principalmente para pessoas claramente necessitadas);

2.1           – Fazer pequenas gentilezas a quem está próximo;

2.2           – Participar de algum programa de caridade;

2.3           – Cultivar o otimismo sempre;

2.4           – Cultivar a tolerância com as diferenças e erros alheios;

 

3        – meditar cinco minutos por dia, ao menos três vezes na semana, preferencialmente antes de orar e preferencialmente antes de dormir;

 

4        – Leitura diária de mensagens curtas e edificantes, de preferência quando acordar e antes de dormir, de preferência antes de meditar/orar;

 

5        – Fazer Evangelho no Lar uma vez na semana;

 

6        – Perseverar;

 

7        – Estabelecer um hábito angular (hábito novo em sua vida, como deixar de ingerir alcoólicos, iniciar prática de exercícios, largar o cigarro, etc) e exercitar ao máximo o autocontrole dos atos cotidianos;

 

8        – Ser discreto (adotar a discrição sobre nossas vidas particulares);

 

9        – analisar criticamente os estímulos recebidos, seja de nosso inconsciente, seja de espíritos.

 

10     – Zelar pela saúde do corpo físico.

 

Hoje, vamos nos propor “Evangelho no Lar”.

 

Quem já adota esta prática, basta manter.

 

Porém, quem ainda não faz, deve começar a fazer.

 

Trata-se de escolher um dia da semana, em determinado horário, para todos da família se reunir para uma breve oração. Preparar o ambiente, colocando-o ao abrigo de ruídos intensos, pondo de preferência uma música ambiente branda (pode ser de música clássica), uma jarra com água límpida.

 

O procedimento comum é:

1º – Leitura de alguma mensagem edificante;

2º – Leitura de alguma passagem do Evangelho;

3º – Breve conversa sobre o que foi lido;

4º – Oração agradecendo as bênçãos da vida, pedindo amparo às pessoas que sabemos estarem necessitados e rogando proteção espiritual.

 

E por que isso é importante?

 

Porque, em primeiro lugar, durante a oração nossas mentes põem-se em padrão vibratório alto, banhando a casa de boas vibrações.

 

Em segundo lugar, os amigos espirituais (guias, anjos da guarda, amparadores, etc) também se programam para, naquele determinado dia e horário, visitar a residência, levando paz, amor e harmonia.

 

Dizem que um Evangelho no Lar feito com regularidade beneficia todo o quarteirão da residência, tamanha a força das vibrações emitidas.

 

Vejamos esta explicação do mentor de André Luiz:

 

“O lar não é somente a moradia dos corpos, mas, acima de tudo, a residência das almas. O santuário doméstico que encontre criaturas amantes da oração e dos sentimentos elevados, converte-se em campo sublime das mais belas florações e colheitas espirituais.”

 

“Não tenha dúvida, a oração é o mais eficiente antídoto do vampirismo. A prece não é movimento mecânico de lábios, nem disco de fácil repetição no aparelho da mente. É vibração, energia, poder. A criatura que ora, mobilizando as próprias forças, realiza trabalhos de inexprimível significação. Semelhante estado psíquico descortina forças ignoradas, revela a nossa origem divina e coloca-nos em contato com as fontes superiores”.

(Missionários da Luz, fls 59/60).

 

Portanto, vamos todos adotar esta prática a partir de hoje, aumentando os exercícios que trazem harmonia para nossa mente.

 

Mensagem de Encerramento:

 

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1 Comentário

Eliana aparecida Rodrigues Silva { 1 de setembro de 2014 às 15:27 }

muito escllarecedor o texto. Desejava conhecer melhor sobre ovoides espirituais.Entedi melhor este processo . Tenho grande admiração pelas obras de Andre luiz. a mensagem e linda e nos encoraja para trabalharmos sempreem busca de equilibrio
paz espiritual e assistençia de mentores espirituais.

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